Reportagens do jornal francês “Le Monde” e da TV Globo mostram que houve superfaturamento na construção do Maracanã e irregularidades na licitação. Isto, segundo o jornal “O Globo”, poderá fazer com que a venda da administração do estádio seja inviabilizada.

As concorrentes GL Events e a Lagardère temem que as revelações provoquem a anulação do processo licitatório, que ocorreu em 2013. Como as companhias pretendem comprar a concessionária Maracanã S.A, herdando a concessão, o receio é de que, após o investimento de R$ 60 milhões, o dinheiro seja perdido em função do cancelamento do atual contrato vencido pela IMX, de Eike Batista, Odebrecht e AEG.

 
 
 

Como a Odebrecht não tem como garantir que a licitação não será citada na Operação Lava-Jato, as negociações pararam. Agora, as duas empresas esperam que uma nova licitação, essa com direito à sociedade direta com os clubes, seja feita. Fontes do governo acreditam que, mesmo lenta, essa seja a opção mais segura para o Maracanã não voltar para o estado.

Reuniões que aconteciam numa sala “secreta” que pertencia à Odebrecht, na Barra, apontam que Flávio Godinho, então diretor da IMX e ex-vice-presidente de futebol do Flamengo, também preso na Operação Calicute — braço da Lava-Jato no Rio —, negociou a compra da licitação em diversas reuniões.

Caso a licitação seja anulada, o Fluminense será diretamente atingido, já que tem contrato com o Consórcio Maracanã por mais 32 anos, considerado excelente pela atual gestão.