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“Joga em mim porr*”, ex-treinador do Fluminense conta história de Fred na Copa do Brasil 2015

João Pedro Conze

Eduardo Baptista participou do Charla Podcast

Com diversos títulos e artilharias em seu currículo, Fred é um dos grandes ídolos na história do Fluminense. Em participação no Charla Podcast, Eduardo Baptista, que treinou o atacante no Tricolor, falou sobre o duelo contra o Palmeiras na semifinal da Copa do Brasil de 2015. Na ocasião, o centroavante jogou no sacrifício.

Fred jogou pelo Fluminense com joelho machucado

Após vencer a partida de ida em casa por 2 a 1, o Time de Guerreiros visitou o Alviverde no Allianz Parque na volta.

– Contra o Palmeiras a gente faz 2 a 0 assim, num jogo espetacular, 2 a 0, mas para 3 assim, para definir, aqui no Maracanã. Aí no final do jogo, uma falta, que nem foi, encima do Zé Roberto, nem foi falta e foi fora da área, não tinha VAR e o juíz dá o pênalti, fica 2 a 1. No final, o Fred torce o joelho. Ele torce, cai, sai chorando, eu falei: “pô, perdi o jogador”.

– Aí ele está deitado na maca, ele falou: “professor, não esquece de mi, semana que vem eu estou lá”. Falei: “então eu te espero, você está escalado, vambora”. Mas pô, ele saiu, o joelho já tava inchado. Aí ele começou 24 horas, ele levou um fisioterapeuta dele para dentro da casa dele, e tratando. Dois dias antes da gente viajar para São Paulo ele falou: “professor, deixa eu treinar”.

– Era um time de meninos, ele era a única referência. Falei para o Marcão: “vamos com ele”. O Palmeiras faz 2 a 0 e a gente vai para o intervalo com o Fred mancando. Aí eu falo: “Marcão, Fred deu, vamos tentar ajustar, mais um gol a gente está no jogo”. Quando eu to entrando no Allianz, estavam os meninos sentados e o Fred, chorando, a lágrima escorria dele: “caralh* joga em mim porra, eu vou decidir, cruza, põe essa porr*a na área!”. Aí voltei e falei: “Marcão, não vou tirar o homem não.”

Foto: Reprodução / Charla

– “Fred, aguenta mais uns 15 minutos?”, “aguento o jogo inteiro”, vambora. E o olho dele possuído, vermelho, inchado e sangue e ele falando, bebendo água, ele mordia o copinho. Entra a bola, cruzamento e ele “tum”, 2 a 1. Na sequência, cruza a bola, aí faltou joelho, se você ver, a bola sobra quase dentro do gol e ele não teve arranque na perna machucada, aí ele cai no chão, ele desmancha e a bola passa. Ele ía fazer o 3 a 2 (2 a 2), aí vai para os pênaltis e a gente perde nos pênaltis. Se passasse ali, o Fluminense ia ser campeão.

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero em 2023. Apaixonado por esportes, fui redator de NFL no The Playoffs. Mais tarde, me juntei ao NETFLU Internacional, escrevendo sobre o futebol ao redor do mundo. Desde o ano passado, estou cobrindo o Fluminense no site principal do NETFLU.

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