Mesmo com o empate diante do lanterna Paraná, o Palmeiras continua no topo da tabela do Campeonato Brasileiro e está cada vez mais perto do título. Este fato só confirma a baixa rotatividade dos campeões das últimas edições desta competição.

Jornalistas da bancada do Redação SporTV, desta segunda-feira, concordaram que, em termos de capacidade de brigar pelo primeiro lugar, já não existem 12 grande clubes na Série A.


 
 
 

O convidado do programa, José Godoy, abriu a discussão afirmando a existência de uma consolidação inédita.

– Falta mais um campeonato para fechar a década, mas já estamos em um processo de consolidação de que acabaram os 12 grandes em termos de capacidade de título. E uma concentração imensa em poucos clubes. Na primeira metade da década, Cruzeiro, Fluminense e Corinthians brigando, e nesta segunda está vindo agora com quatro títulos seguidos entre Corinthians e Palmeiras. É uma consolidação inédita na história do futebol brasileiro.

Carlos Cereto, que nesta segunda-feira substituiu Marcelo Barreto na apresentação, acredita que esta diminuição de clubes grandes brigando pelo título brasileiro passa pela crise financeira e também pela incompetência da administração dos clubes. Falando nos cariocas, ele citou como exemplo Vasco, Fluminense e Botafogo.

O jornalista Carlos Eduardo Mansur concordou com Cereto e ainda acrescentou outro motivo: a dificuldade dos clubes em gerar receita nova.

– Em um período razoavelmente considerável de temporadas, temos alguns clubes brasileiros grandes que nitidamente iniciam a temporada com a certeza de que não dá pra competir lá no topo (…) Botafogo e Fluminense passam por uma grande dificuldade de gerar receita nova, porque a receita nova privilegia clubes que têm capacidade de mobilização de gente. O Vasco, por exemplo, é um clube que tem uma mobilização grande. Por isso, é um exemplo de ‘desgoverno’ e ‘desgestão’ monstruoso. Tem torcida grande e capacidade de mobilização de gente – sempre que foi necessário ele saiu de São Januário e abriu o Maracanã -, mas com uma dificuldade gigantesca de se gerir como clube.