(Foto: Lucas Merçon/FFC)

O Fluminense terminou o mês de outubro em alta, próximo ao G-6 e na semifinal da Copa Sul-Americana. Porém, em novembro foram oito jogos sem vitória e mais de 800 minutos sem balançar as redes dos adversários, desempenho que resultou numa queda na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro e na eliminação para o Athletico-PR na semi da competição internacional.

Com a sequência negativa de resultados, a torcida protestou e chegou a cantar “time sem vergonha”, o que incomodou alguns atletas. Porém, para o lateral-direito Igor Julião, o torcedor tem razão em protestar.


 
 
 

– A torcida é motivada por amor e eu entendo isso. Entendo também como um problema a pessoa que ganha um salário mínimo pagar 100 reais em um ingresso, às vezes sai meia noite do estádio e o time dele não joga bem. Tem todo direito de vaiar e falar o que quiser. É o momento dele. Sem hipocrisia, a torcida fez toda diferença, ainda mais no último jogo. Viemos de uma derrota contra o Athletico-PR e eles protestaram com toda razão. Mas chegar no estádio e colocar aquele público, cantar o jogo inteiro, fizeram toda diferença, chega a arrepiar – disse em entrevista ao portal LANCE.

Na última rodada do Brasileirão, o Fluminense corria risco de rebaixamento e dependia apenas de si para se manter na elite do futebol brasileiro. O Tricolor venceu o América-MG por 1 a 0, no Maracanã, com gol do volante Richard, e conseguiu permanecer na primeira divisão. Igor Julião afirmou que o apoio da torcida foi fundamental.

– Ficávamos mal por ver o estádio cheio, torcedor apoiando e não conseguíamos o resultado. Sem aquela torcida no último jogo, que inflamou depois da defesa do Júlio César, seria diferente. Terminei a partida com câimbra, todos os jogadores mortos e sem força, mas eles cantaram e apoiaram. Foi surreal para nós. Acho natural o público baixo. Na posição que estávamos e com o futebol que apresentamos em algumas partidas, eu também não iria. Era uma sequência sem vencer. Por isso surpreendeu o clima no último jogo. Ninguém paga um salário exorbitante para passar raiva no estádio – concluiu.