Roger analisou momento do Fluminense (Foto: Lucas Merçon - FFC)

O Fluminense perdeu por 3 a 1 para o Flamengo, sábado, no Maracanã, e ficou com o vice-campeonato carioca. Após a partida, Roger Machado concedeu entrevista coletiva. O técnico falou sobre o jogo em si, projeções futuras e mais.

Confira a íntegra do papo do treinador tricolor com os jornalistas:

 
 
 

Derrotas em sequência para Junior e Flamengo

— Não dá para definir um único problema, o desgaste, o emocional, problemas táticos. É um somatório de eventos que fez com que saíssemos do trilho nesses dois jogos. Jogos decisivos, muito importantes. Mas todo e qualquer argumento soa como uma desculpa na derrota. E eu não gosto de dar desculpas porque não faz parte do meu perfil. Eu gosto de assumir a minha responsabilidade e buscar alternativas. A partir de agora é buscar alternativas para que retomemos esse equilíbrio, para que voltemos aos trilhos. Vamos avaliar. Ver o que podemos acertar, ajustar, e seguir para terça-feira forte para a Libertadores.

Problemas do time e dificuldade no meio de campo

— Precisamos buscar alternativas. Na verdade, a recorrência desse problema não é no meio campo em si. Estamos com uma dificuldade, sobretudo no início dos jogos, dos jogadores que tem entrado em campo, de conseguir pressionar com os quatro jogadores da frente. E muitas vezes isso acaba resultando no problema do meio campo. Nossos dois volantes sofrem muito em determinados jogos, sobretudo quando o time adversário coloca muitos jogadores atrás da linha e tenta, a partir do seu campo, articular jogadas. E nossa pressão, nesses jogadores de primeira construção, não têm sido bem feita em muitos momentos, que acaba desaguando no meio campo. Mas a origem não é o meio de campo. Nossos volantes têm muitas ações defensivas, mas elas precisam ser dividias como um todo: pelos jogadores da primeira linha, da linha ofensiva. Por vezes nós até optamos em marcar um pouco mais baixo, para tentar preencher um pouquinho esse meio campo e dar menos espaço, à medida que não temos conseguido pressionar mais alto. No segundo tempo, com as trocas, quando entrou Biel, Caio, com pernas mais rápidas, geramos dificuldades na construção, e o Flamengo teve mais dificuldade de sair organizado de trás. Isso não é uma origem do meio campo, mas sim um problema que resulta no meio campo.

Balanço do Campeonato e jogadores na seleção do Estadual

— Penso que esse grupo, jovem com alguns jogadores bem experientes, está se consolidando. Os jogadores mais jovens, naturalmente, vão sentir o peso das decisões. Mas penso que fizemos um campeonato estadual de recuperação. Iniciamos com o Sub-23 nos representando, depois, gradativamente, fomos colocando jogadores que tinham mais minutagem jogando a partir da terceira rodada. Classificamos com mérito para essa fase final, chegamos na final motivados para enfrentar um time como o Flamengo. Isso mostra que, para mim, o ano é promissor. Fica muita frustração. É até difícil receber os parabéns pela campanha de segundo lugar. Mas já é para ser página virada.

Sequência da temporada e jogo contra o River na terça

— Temos uma outra decisão. É recuperar. Lamber nossas feridas a partir de amanhã e pensar no jogo de terça-feira, que é uma decisão. O Campeonato Brasileiro já se avizinha. Nós temos Copa do Brasil também na sequência. Fortalecer pontualmente onde acreditamos que precisa melhorar, no que diz respeito a melhorar a aquisição de qualidade para nosso elenco, mas saber que é um ano muito promissor. Um ano de recuperação a partir de agora, para que consigamos os objetivos vivos na temporada.

Novo primeiro tempo ruim e possibilidade de mudança no time

— Sempre pensamos, mas trabalhamos com as peças que temos à disposição, com a característica dos jogadores. Eu preciso de sete jogadores atrás da linha da bola o mais rápido possível com peso para retomar a bola do adversário. Seis, todos ou a maioria dos times tem, que são a linha de quatro e mais dois jogadores. Esse sétimo jogador, se não tenho ele, se opto por jogador com dois pontas, um meia e um centroavante, eu preciso diluir essa força de bloqueio do adversário dentro do campo de defesa. Então, é sempre alternativa. Optar, por vezes, por uma trinca de meia ou até mesmo os times estão jogando agora com um terceiro zagueiro, para que a pressão dentro do campo de ataque seja feita pelos alas, que é uma pressão mais forte, já dentro do campo de defesa adversário. Vamos buscar alternativas para isso. Eu gosto muito de jogar com um meia, com um centroavante e dois atacantes de lado. Mas, em alguns momentos, se não temos a devida capacidade de pressionar o adversário, mesmo com as linhas baixas não conseguimos, pensamos sim, em algum momento, fortalecer o meio de campo. Eu tenho dois meias muito criativos e gostaria de poder usá-los. Mas tem que refletir a respeito disso também.

Problemas do time

— (Os problemas) iniciam ali. E, posteriormente, nós temos tido dificuldade de interromper essa cascata de eventos que acontece. Pegamos adversários na Libertadores que também têm características muito parecidas à do Flamengo, de posse de bola. Naturalmente o adversário que tem a proposição de adversários mais talentosos no meio de campo para reter essa bola vai gerar esse tipo de dificuldade para o adversário. Mas aí você precisa ter a capacidade de retomar e contra-atacar com força. Foi o que nos faltou, sobretudo, nos primeiros tempos de alguns jogos: quando retomar a bola conseguir acionar essas profundidades, essas velocidades com jogadores rápidos que temos. Minha avaliação inicial e a busca de corrigir esses recorrentes problemas a partir desta situação é em função de deixar os jogadores mais talentosos com a bola nos pés dentro do campo. Mas em muitos momentos não acontece e temos que buscar alternativas para que isso não ocorra com a mesma frequência e que a gente consiga nos servir dessa postura achando os espaços nas costas do adversário.

Perda da sequência de invencibilidade

— Precisamos buscar alternativas. Na verdade, a recorrência desse problema não é no meio campo em si. Estamos com uma dificuldade, sobretudo no início dos jogos, dos jogadores que tem entrado em campo, de conseguir pressionar com os quatro jogadores da frente. E muitas vezes isso acaba resultando no problema do meio campo. Nossos dois volantes sofrem muito em determinados jogos, sobretudo quando o time adversário coloca muitos jogadores atrás da linha e tenta, a partir do seu campo, articular jogadas. E nossa pressão, nesses jogadores de primeira construção, não têm sido bem feita em muitos momentos, que acaba desaguando no meio campo. Mas a origem não é o meio de campo. Nossos volantes têm muitas ações defensivas, mas elas precisam ser dividias como um todo: pelos jogadores da primeira linha, da linha ofensiva. Por vezes nós até optamos em marcar um pouco mais baixo, para tentar preencher um pouquinho esse meio campo e dar menos espaço, à medida que não temos conseguido pressionar mais alto. No segundo tempo, com as trocas, quando entrou Biel, Caio, com pernas mais rápidas, geramos dificuldades na construção, e o Flamengo teve mais dificuldade de sair organizado de trás. Isso não é uma origem do meio campo, mas sim um problema que resulta no meio campo.

Santos de olho em Ganso

— Não vi. Nesses dias não tinha espaço para estar acompanhando o que estava saindo de notícias a não ser a respeito dos confrontos importantes que tivemos nesse momento. Não queria falar de algo que não li e não chegou até a mim.