Leo Percovich recorda briga com o Atlético-PR em Laranjeiras e nega ter sido o “promotor”

Ex-goleiro agora é treinador do sub-20 do Fluminense

A passagem de Leo pelo Fluminense acabou ficando marcada pela briga no jogo contra o Atlético-PR, em 1996, nas Laranjeiras. Ex-tricolor, o goleiro Ricardo Pinto se envolveu numa discussão com o uruguaio e no fim da partida, conta que o goleiro reserva provocou a torcida do Flu, gerando uma confusão generalizada. Leo nega ter sido o causador.

– O Atlético-PR estava com um timaço. Era o Oséas e o Paulo Rink. A dupla estava muito bem. Nunca tive nenhum problema com o Ricardo Pinto, nunca tinha sido companheiro dele. A gente estava em uma situação muito delicada. Precisávamos ganhar, a pressão era tremenda. Eles começaram ganhando, a gente tinha de reverter. No final… hoje em dia, os goleiros vão ao ataque para ajudar. Na Inglaterra se usa muito. Alguns conseguem fazer o empate. Eu fui tentar cabecear. O Ricardo fez o seu jogo, estava ressentido com a torcida. Eu tentei frear ele em um contragolpe, frear com o corpo. Quando acabou o jogo, tinha um problema atrás do gol. Os reservas estavam fazendo aquecimento. O goleiro reserva deles estava provocando. A gente, influenciado por toda essa instabilidade, não resolveu em campo e quis decidir dessa forma errada. Os torcedores invadiram. Parece que uma pedra bateu na cabeça dele. Teve de ser internado, fazer cirurgia. E eu fiquei como promotor daquilo tudo. Eu sequer toquei nele, só durante o jogo. Mas, sim, não posso tirar a minha parte. Eu incentivei essa parte de lutar, fui ao ataque no escanteio – recordou Leo, que completou:

 
 
 

– Era imaturo. Não é que me arrependa. Na hora, fiz o que o coração sentiu. Mas, sim, poderia ter feito melhor. Mas também a gente não tinha uma linha para seguir. Era cara e coragem. Fui na fúria, no querer resolver…totalmente fora de lugar. Hoje, quando vejo isso, eu critico. E eu me sinto… “como fui tão idiota?”. Hoje em dia, se tem pessoas que aconselham. Naquela época, estávamos como uma banda. Cada um fazia o que achava que era bom. E não deu certo. Aprendemos todos. Felizmente, o Ricardo se recuperou e foram punidas as pessoas que tinham de ser punidas. Inclusive eu. Levamos isso como mau exemplo para não ser repetido.