Foto: Bruno Haddad
Foto: Bruno Haddad

É possível definir Luís Ribeiro Pinto Neto com apenas uma palavra: vencedor. Ponta esquerda do Fluminense nas décadas de 1960 e 1970, Lula visitou a sede tricolor na última segunda-feira e relembrou suas conquistas. Campeão carioca em 1969, 71 e 73, além de Brasileiro em 70, o ex-jogador vivia na Arábia Saudita.

– Não venho sempre. Não gosto de aparecer e não vou a programas de televisão. Meu tempo já passou. Cheguei ao Fluminense no dia 23 de janeiro de 1965. Vinha de família pobre e pesava 51 quilos. Meu responsável era o Zé de Almeida. Ele foi me buscar no Aeroporto Santos Dumont e passou por mim várias vezes, pois me achou muito magro e não imaginou que eu fosse jogador de futebol. Fui para o time principal e me mandaram para o juvenil, mas fiz dois gols e voltei aos profissionais. Devo muito ao Fluminense. Foi aqui nas Laranjeiras que tudo começou. – conta Lula, que nasceu em Arco Verde, na Paraíba, mas foi para Natal com 1 ano de idade.


 
 
 

Um dos lances mais polêmicos aconteceu na final do Estadual de 1971. Naquela decisão, o Botafogo tinha a vantagem do empate, quando, aos 43 minutos, Lula marcou o gol do título, numa jogada lembrada até hoje. Teria o lateral-esquerdo Marco Antônio empurrado o goleiro alvinegro Ubirajara?

– Muitos disseram que houve falta, mas eu estava olhando a bola. Não vi o lance direito. Só sei que fiz o gol – conta.

Pelo Flu, Lula disputou 377 jogos e  marcou 102 gols, sendo o 13º maior artilheiro da história do clube.


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