Mal acostumado, você me deixou

Fala, galera!

 
 
 

Estamos de volta e o assunto da vez é o empate de ontem entre o nosso tricolor diante do Criciúma, fora de casa, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O resultado até que não foi ruim, mas poderíamos ter voltado para casa com uma vantagem ainda maior. Podendo empatar sem gols para se classificar, decidiremos em nossos domínios e, provavelmente, com casa cheia, no retorno do Flu ao Guilite Coutinho após o incidente ocorrido no estádio do América, por conta das fortes chuvas.

No embate de ontem (9/03), pode-se perceber que o time está realmente exausto da longa maratona de jogos deste mês. Viajamos à Sinop, município do Mato Grosso. Após o retorno com muitas dificuldades de logística, passamos por um Fla-Flu eletrizante que esgotou ainda mais o time, apesar do título conquistado. E, por fim, mais uma jornada até Criciúma, em Santa Catarina.

Wellington Silva marcou o gol do Fluminense no empate por 1 a 1 com o Criciúma (Foto: Nelson Perez – FFC)

O Fluminense iniciou muito bem a partida, controlando as ações na casa do adversário e explorava as jogadas de velocidade com a dupla Richarlison e Wellington Silva. Aos 14 minutos do primeiro tempo, numa jogada maestral de Sornoza, que me lembrou nosso querido Deco, Richarlison driblou o goleiro e deixou Wellington cara a cara com o marcador do Tigre, que ficou sentado vendo a bola na rede. 1 a 0!

Mas o cansaço bateu e, com ele, a distração. Logo com Orejuela, motorzinho do time que pouco falha. O equatoriano não acompanhou o meia Alex Maranhão que, da entrada da área, marcou um bonito gol. Bola indefensável para Júlio César.

Falando em distração, não é de hoje que percebo o Douglas um pouco displicente. Apesar de ser um volante clássico e habilidoso, que marca bem e sabe sair jogando, o garoto de Xerém tem errado passes simples e arriscado jogadas mais complexas. O feijão com o arroz faria dele uma peça essencial ao time. Apesar de tudo, principalmente na etapa final, participou bem do jogo. Outro ponto negativo na minha visão: penso que o Flu forçou muito nas jogadas pelo meio de campo no segundo tempo. Com dois atletas pelas pontas de muita velocidade, o Tricolor poderia ter investindo mais nas triangulações junto com os laterais.

Renato Chaves quer saber de vitórias do Fluminense, mesmo nos jogos que não vai tão bem (Foto: Nelson Perez – FFC)

A partida voltou a ficar mais interessante com a entrada de Marcos Junior. Sempre que entra com o jogo rolando, o time muda de atitude. Pega o adversário mais cansado e incendeia o time. O Fluminense teve com Pedro duas oportunidades de gol. Chances claras de voltar a ter vantagem no placar. Outra, em seguida com Marcos Junior, num belo pivô de Pedro, quando o goleiro Édson salvou o Criciúma. E em mais um lance que poderia dar a vitória ao Fluzão, Orejuela, com um toque clássico de calcanhar colocou Douglas cara a cara com Edson, que teve papel fundamental para manter o empate e salvar a sua equipe.

Para finalizar, esperava por mais uma vitória. O Fluminense me deixou mal acostumado nesse início de temporada. Apesar do empate com o time de remo, quando saímos campeões da Taça Guanabara, o Flu tem vencido quase sempre. Que venha o Boavista no domingo pela Taça Rio, na bela Saquarema. Traz de volta meu sorriso, Fluzão!

Saudações!