O presidente Pedro Abad deseja deixar o cargo no Fluminense e convocará uma Assembleia Geral para propor a antecipação das eleições – previstas para novembro – para o início de 2019. Porém, a ideia divide a oposição e a coalizão “Fluminense Unido e Forte”, que conta com as figuras do ex-vice-presidente geral da gestão de Abad, Cacá Cardoso, e do ex-vice de finanças Diogo Bueno, não é a favor. Para Bueno, a mudança estatutária é golpe.

Em entrevista ao portal Globo Esporte, Diogo Bueno, ex-vice de finanças da gestão de Abad, afirmou que o trio formado por Mário Bittencourt, Celso Barros e Ricardo Tenório são candidatos do mandatário e da Flusócio. Em nota oficial, o trio se defendeu das declarações do dirigente e enumeram as razões da crise tricolor.

 
 
 

Confira a nota na íntegra: 

“O Fluminense chegou à desastrosa situação em que se encontra neste Natal graças a três fatores: na eleição de 2016, grupos antagônicos se uniram sem projeto comum, objetivando somente chegar ao poder qualquer custo – buscando-se sabe-se lá que recompensas. Desse primeiro fator o único resultado que se conhece é o fracasso da gestão atual. Esta, que permanece no poder e briga agora para ficar até o final de 2019. Talvez ainda lhes faltem as recompensas.

O segundo fator foi a mentira sobre a situação administrativa e financeira do clube, que evitou que se olhasse o problema com diagnóstico correto. Mal gerido e sem foco no real problema, o Fluminense sofreu as consequências dos erros desses dirigentes que buscam se perpetuar através de Fernando Leite, o atual presidente do Conselho.

O terceiro foi justamente o que as declarações que constam da matéria do GloboEsporte.com demonstram: oportunismo e interesses espertalhões caluniando, fazendo o jogo da política tradicional. Aquela política que ataca quando convém, que afaga quando interessa. Que usa argumentos torpes e faz ilações como essa que tenta agora colar Mario Bittencourt, Ricardo Tenório e Celso Barros na desgastada figura de Pedro Abad e de seu grupo, a Flusócio.

Não apoiamos o atual presidente, como andam dizendo na farta distribuição de fake news promovida dessa vez pelo grupo do ex-secretário de Sérgio Cabral, Julio Bueno. Achamos que quanto antes Abad sair, melhor. Agora, o que não parece ser do interesse maior de nosso clube é fazer esse movimento e o clube continuar nas mãos dos mesmos. Senão, vejamos: quem foi a gestão eleita? Os Bueno, Fernando Leite, Pedro Antonio e Abad. Agora querem dar curso a seu plano de jogar Abad do avião – iniciado há meses, quando tentaram fazê-lo através de uma renúncia coletiva irresponsável – e continuar seu vôo cego, cujo desfecho já se pode prever.

Ou melhor, poderia, pois a ideia de antecipar as eleições está posta. E está na mesa para que todos participem, de forma limpa.

O que pedimos é que seja de forma limpa. Sem as mentiras, sem as ilações como essa de que apoiamos Abad. Não apoiamos Abad. Apoiamos sim sua ideia de se retirar e de convocar novas eleições. Qualquer discussão diferente dessa nada mais é do que a velha tentativa desses mesmos espertalhões de usar o Fluminense para seus interesses, como fizeram no passado, levando o clube para a terceira divisão. Pedimos que hajam como homens, honrando os princípios tricolores.”