Mário fará protesto após Fluminense ser prejudicado diante do Atlético-MG (Foto: Lucas Merçon - FFC)

A 23ª rodada marcará a volta do público ao Campeonato Brasileiro. A pandemia do novo coronavírus ainda não acabou, mas, com o avanço da vacinação e diminuição dos números, as praças já dão sinal verde para a realização de jogos com presença de torcida. Em entrevista coletiva realizada na sexta-feira, Mário Bittencourt explicou a opção do Fluminense de apoiar tal retorno e não esperar até o fim do ano.

O presidente do Fluminense destacou que considera o momento correto, uma vez que outras atividades já estão liberadas e sem o rigoroso controle que está sendo tomado nos jogos de futebol.

 
 
 

— Nosso clube vem tendo uma postura bem cautelosa na pandemia sempre. Mas acompanhei tudo isso muito de perto. Fui um dos presidentes que mais estive nessas discussões por ser do CNC, Conselho Nacional de Clubes. O que percebemos? O ambiente do futebol se cuidou muito. Eu já fiz mais de 50 exames de PCR, mesmo depois de ter Covid, com bastantes sintomas. Depois segui fazendo nos jogos da Conmebol, que era exigência. Muitas coisas abriram sem nenhum tipo de controle e o futebol, com controle desde o início, estava privando a volta dos torcedores, desde que fazendo exames e vacinados, de voltar. Eu, mesmo com duas doses de vacina, o protocolo da CBF sem público não exigia mais o exame para quem teve Covid e o exame de IGG alto, que era o meu caso. E não exigia para quem tivesse o ciclo de vacina completo. A volta ao público exige novamente que eu que tive Covid e tomei as duas doses faça. Olha o controle. Quem tomou vacina pode se contaminar – iniciou, prosseguindo:

— Chegou um ponto que as praias funcionam, os bares. Locais que não precisam de carteira de vacinação. Futebol tem controle rígido pras pessoas estarem lá dentro. É um evento-teste. Não é definitivo. Se ficar comprovado que o retorno aumentou a contaminação, a prefeitura mesmo vai voltar. Contra o Barcelona de Guayaquil, pedimos a autorização à Prefeitura. Pedimos para 4.500 torcedores irem, já que a Conmebol havia liberado para os locais onde tivesse autorização. O secretário de Saúde, o (Danial) Soranz, entrou em contato com a gente dizendo que não autorizaria por causa da variande Delta. Ele e o prefeito (Eduardo Paes) foram cautelosos desde o início. Com eles dizendo que temos condições de fazer um evento-teste nessas condições, acreditamos. Por isso defendemos que houvesse a volta do público. No início, com alto índice de contaminação e morte, fomos contra. Agora, acompanhando a evolução, acreditamos que é momento de voltar. Se números e ciência mostrarem que é momento de retroagir, faremos.

O Fluminense receberá seu público pela primeira vez desde março do ano passado na próxima quarta-feira, no duelo contra o Fortaleza, no Maracanã, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Clique aqui para saber todas as condições a respeito de venda de ingressos e exames necessários para estar presente ao duelo.