Notícias
Mundial de Clubes 2025
Palpites
Casas de apostas
Guias
Youtube
Comunidade
Contato
WhatsApp
Charges

Mercado inflacionado no Brasil faz clubes cogitarem fair play financeiro, noticia site

Rodrigo Mendes

Negociações por jogadores tomam valores exorbitantes e situação preocupa

Os altos valores em negociações recentes por jogadores no futebol brasileiro estão preocupando dirigentes. Noticia o site Uol que, diante dessa situação, o fair play financeiro já é cogitado e foi debatido na CBF ainda na gestão do ex-presidente Rogério Caboclo. Um modelo foi elaborado pelo economista Cesar Grafietti, mas acabou engavetado. No ano passado, a Comissão Nacional de Clubes (CNC) voltou a debater o assunto, mas segue estagnado.

Técnico do Fluminense já falou sobre o assunto

Em entrevista recente, o técnico do Fluminense, Mano Menezes, falou a respeito da situação. Experiente e rodado no futebol brasileiro, o treinador alertou para o perigo e citou ainda a recente entrada das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs).

— É um momento de extrapolação da nossa realidade. Não podemos nos comparar com Inglaterra ou Alemanha. Nossa realidade de economia é diferente. Estamos vivendo uma realidade de bolha que será furada logo ali na frente. Os clubes não vão conseguir honrar compromissos e sustentar negociações desse tamanho. Não temos receitas para isso. Há duas ou três exceções, eles podem fazer negociações diferentes da realidade – falou à TNT.

Quem também abordou o assunto foi Marcelo Paz, ex-presidente e hoje CEO do Fortaleza SAF.

— Alguns clubes agem um pouco de forma irresponsável. A entrada das SAFs também inflacionou, porque é um dinheiro de fora e isso não representa um crescimento da receita e, sim, um aporte. Esse dinheiro inflacionou o mercado, se tornando um problema, pois essa bolha vai estourar em algum momento e isso não existe a menor dúvida. Os clubes que querem se manter organizados vão ter dificuldade de competitividade, porque vão concorrer com quem inflacionou e que vai ter performance esportiva de curto prazo melhor. Acho que urge a necessidade de um fair play financeiro. Se o clube estiver com dívida, não pode seguir contratando, pois o modelo atual causa desequilíbrio artificial, e isso não é bom para nenhum mercado – disse.

Cita ainda a reportagem que um dirigente, cujo nome e clube não foram revelados, apontou para a pedida exorbitante de um jogador que seria contratado para compor elenco.

— Estava negociando com um jogador que disputaria posição, que estava longe de já chegar com status de titular e ele pediu R$ 600 mil de salário. Surreal – contou.

Rodrigo Mendes, pai da Giovana, é um jornalista e tricolor de coração de 43 anos. Formado pela Facha, trabalhou no Lance, no site Justiça Desportiva e também como assessor de imprensa.

Read more