Nobres tricolores,

 
 
 

lá fui eu para o meu 14º jogo no ano. Desempenho razoável: 8 vitórias, 1 empate e 5 derrotas. Aproveitamento de 59,5%. Ainda assim, superior ao do time no ano, que é de 49,5%. Mas o post de hoje não é para constatar se sou ou não pé-quente.

Embalado pelo podcast para lá de otimista do companheiro de NETFLU Marcos Caetano, achava possível, em meus devaneios, a conquista de 13 pontos dos 18 possíveis. Somatório mais do que necessário para brigar, pelo menos, pelo G8, levando em consideração a chance real de título para o Grêmio na Libertadores, abrindo assim, mais uma vaga via Brasileirão.

Mas esse Fluminense nos ilude. E bobo é quem acredita. Ou acreditava. Decretei que o frustrante 2 a 2 com o Coritiba foi o meu último em 2017. Falei o mesmo na derrota para o Botafogo no turno e no revés para o Flamengo no primeiro jogo da Copa Sul-Americana. Mas dessa vez não há espaço para voltar atrás da decisão.

Ao contrário da galera que grita, apoia, xinga e vaia, gosto de assistir aos jogos no Maracanã, na maioria das vezes, calado, analisando o posicionamento da equipe em campo, a postura individual de cada atleta. A emoção só começa a tomar conta quando percebo que a vitória corre o risco de não acontecer. Como foi ontem.

Mas até ficar irado com a inoperância do nosso sistema defensivo e da bagunça que é o Fluminense, já comecei a me irritar antes de a peleja ter início, quando vi Renato Chaves mantido e Mateus Norton escalado.

Abel Braga, pra não perder o grupo e por uma suposta meritocracia, escala quem, na opinião dele, mantém uma regularidade. Foi assim com Renato Chaves, que falhou grosseiramente no Clássico Vovô, mas teve uma boa atuação a seguir, e com Norton, improvisado na lateral direita no mesmo jogo, com um papel correto.

Sem Richard, machucado, o treinador tricolor optou por Mateus Norton, que, como tantos outros, é o volante pára-brisas. Garoto voluntarioso, se apresenta como opção, mas pega a bola, corre um pouquinho e toca de lado.

O Fluminense não tinha saída de bola na partida contra o Coritiba. Aqueles passes irritantes, sem objetividade entre zagueiros, laterais, volantes. Douglas, completamente desligado, e Sornoza em uma péssima noite, em nada contribuíam. Até Scarpa, participativo e caprichoso, sumidinho.

Na zaga, Renato Chaves. Há uma máxima de que o problema de você ter um jogador fraco no elenco é que, em algum momento, ele vai entrar em campo. No caso deste, evitável. Abel tinha Reginaldo, que é mais zagueiro, tanto por baixo, como, principalmente, por cima. Perdemos dois pontos em casa muito pela incompetência na bola alta.

O Fluminense raramente joga bem, é verdade. Fez partidas de exceção contra São Paulo e Botafogo, mas é possível escalar melhor. Meritocracia se dá quando os mais qualificados, ou menos ruins, são escolhidos.

Jogo para ganhar, contra um time abaixo na tabela, era Wendel e Douglas. Se não resolvesse, no intervalo, Matheus Alessandro no lugar de um dos meias ou de Marcos Júnior. Não tinha o que inventar.

Abel não larga seu conservadorismo. E, quase sempre,  opta pelo momento em detrimento aos fatos: Reginaldo é melhor do que Renato Chaves. Wendel é melhor do que Mateus Norton.

Perdemos um tempo inteiro com um volante que só jogava na horizontal e um zagueiro tecnicamente fraco e deficiente na bola aérea: Fluminense 2 x 2 Coritiba.

Quarenta e três pontos. Com mais quatro, nos livramos da ameaça de queda. Ano que vem será assim outra vez. E em 2019. O Fluminense é do tamanho de quem o comanda.

– Como disse meu amigo Bruno Leonardo, difícil determinar no Flu onde termina o elenco fraco e começa o time mal treinado

– Mas atuações e resultados precisam ser institucionalizados

– A culpa do que acontece com o Fluminense é de seu presidente, de quem o elegeu e de quem o apoia

– Em 2019 teremos a contratação de um jogador de renome, anúncio de projeto de estádio ou ambos?

– 13º em 2015, 13º em 2016, 12º em 2017. Na era pós-Unimed é oficial: tomamos o lugar do Coritiba

 

Um grande abraço e saudações!

 

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