(Foto: Divulgação CBF)

Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde protocolou uma resposta à proposta da CBF para retomar as atividades do futebol no país em meio à pandemia do novo coronavírus. A entidade fez uma série de ressalvas ao guia elaborado por médicos da confederação e clubes, mas se mostrou favorável.

– Reconhecendo que o futebol é uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da teletransmissão dos jogos para domicílio, este Ministério da Saúde é favorável ao retorno das atividades, desde que atendidas todas as medidas apresentadas neste parecer – consta no documento encaminhado para a CBF.

 
 
 

Entre as ressalvas apontadas pelo Ministério da Saúde, duas chamam à atenção. A primeira refere-se à aplicação de testes rápidos em todos os envolvidos em uma partida. Algo que vai além de jogadores e comissões técnicas. Ainda que sem público, um jogo envolve árbitros, seguranças, equipe de manutenção e limpeza, policiais militares e fiscais/dirigentes. Em média, 200 profissionais trabalham no local. Há a exigência de que todos tenham acessos aos testes de Covid-19, até mesmo familiares dos envolvidos.

– Cabe ressaltar que no momento, a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde encontra-se saturado diante das necessidades da população brasileira – alerta o órgão especificamente sobre esse tema.

Fora tais recomendações, o Ministério ainda ressalta que as autoridades locais terão autonomia para definir sobre a liberação ou não, conforme foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, no dia 8 de abril.

– Cabe ressaltar que a autorização acerca do início das atividades de treinamento nas localidades deve ser do Secretário Municipal, pois o Ministério da Saúde não irá contrapor uma decisão do gestor local que é quem está vivendo o problema. Somente com base na Análise de Risco da Secretaria Municipal é possível saber em quem momento cada fase pode ser adotada em cada município – alerta o Ministério da Saúde.

No Rio de Janeiro, por exemplo, as medidas restritivas foram ampliadas até o dia 11 de maio.

O Ministério ainda aponta a necessidade de um estudo mais amplo para entender os riscos aos jogadores durante a interação em treinamentos. Assim, a volta das partidas fica condicionada às esferas estaduais e prevenção do contágio da doença.