Na Índia, promessa de Xerém diz que sonhava em ficar no Fluminense “para sempre”

Raphael Augusto foi criado nas divisões de base do Tricolor

Da mesma geração de Wellington Silva e Wellington Nem, Raphael Augusto não teve o mesmo destino que os parceiros de Xerém. Colecionou empréstimos, atuou por equipes menores do Rio de Janeiro e hoje se diz feliz com a titularidade no Chennaiyin FC, da Índia. Mas o desejo era de fazer longa carreira no Fluminense.

– Claro que meu maior sonho era subir para o profissional do Fluminense e ficar no clube, fazer minha história no Fluminense. Comecei no futsal, imagina ficar lá para sempre? Era meu maior sonho. Mas hoje eu sou muito feliz. Fui formado no Fluminense, joguei seleção brasileira sub-19 por causa do clube, e agora estou muito feliz na Índia – destacou o jogador, admitindo que tinha receio de jogar no futebol indiano:


 
 
 

– Sendo sincero, fui com o pensamento de uma liga fraca, mas isso mudou totalmente. Quando você chega já tem um baque. A estrutura do campeonato é muito boa e é organizada pelos ingleses, os mesmos da Premier League. Os estádios são de primeira linha e o nível da liga muito bom. As pessoas devem pensar que não, mas é muito boa. Assinaram agora com o Berbatov, tem o Brown, que jogou no Manchester United. Por mais que tenham uma idade, isso atrai. Tem jogadores brasileiros que jogam lá e poderiam estar em qualquer clube grande no Brasil.

Raphael Augusto, hoje com 26 anos, também contou como é a relação com os torcedores:

– Eles gostam de um drible (risos). Vivem me mandando mensagem. Gosto disso, querem saber qual o novo drible. E a torcida é grande, cabem 35 mil pessoas no nosso estádio, não é qualquer coisa. Tem estádio que vão 60 mil pessoas. Aqui no Brasil para colocar isso é difícil. Com toda a humildade, as pessoas gostam demais de mim. Uma vez dois garotos saíram da cidade deles, dormiram no hotel, mas não conseguiram me encontrar. Pagaram outra diária só para me ver e me encontraram no restaurante. Eles ficaram me olhando e fazendo reverência. Ficaram emocionados, me contaram a história e deram cartaz. Fiz questão de dar camisa para eles. As pessoas me tratam muito bem. Não tem coisa que pague