(Foto: Lucas Merçon - FFC)

O atacante Robinho será novamente emprestado pelo Fluminense. O Tricolor negociou o atleta com o Bashundhara Kings, de Bangladesh. Em entrevista exclusiva ao portal número um da torcida tricolor, o jogador comentou sobre esse novo desafio que se desenha na sua carreira, falou de seu baixo rendimento no Time de Guerreiros e por qual motivo isso aconteceu, e muito mais. Confira, na íntegra, o bate-papo com Robinho:

NF: Divulgamos em primeira mão que você iria para o Bashundhara Kings, de Bangladesh. O diretor executivo de futebol do Fluminense, Paulo Angioni, confirmou. Queria saber como está a situação e a sua cabeça em relação a esta nova caminhada em sua vida?

R: Minha cabeça está tranquila. Foi decisão minha também. Acho que vai ser melhor para mim respirar novos ares, viver novas experiências. Estou bastante empolgado.

NF: Acredita que o seu ciclo encerra no Fluminense ou ainda tem a esperança de defender as cores do clube?

R: Se dependesse só de mim, eu voltaria sim. Mas essas coisas não dependem só de mim. Se for para eu voltar e ajudar, quem sabe. Se houvesse interesse do clube em mim, eu iria tentar ajudar.

NF: Chegou a fazer algum treino no time sub-23 do Fluminense depois que termino o seu contrato com o Água Santa no meio da temporada?

R: Não cheguei a treinar online no clube. Já estava meio que encaminhado para eu voltar ao Paulista pelo Água Santa quando voltasse o campeonato de lá. Então, eu fiquei treinando com o Água Santa. O preparador físico deles passava as atividades e eu fazia.

NF: Os atrasos salariais constantes, bem como a dívida do Flu com o Atibaia influenciou para que você aceitasse uma proposta de um mercado tão distante?

R: Não influenciou. Foi realmente para eu respirar novos ares, desafios. Não teve relação com os atrasados. O time de lá vai jogar a Champions League da Ásia e acho que isso vai ser bom pra mim. Foi isso que me motivou mais.

NF: Por que o Robinho do Figueirense não foi o Robinho do Fluminense? Por que você acha que não deu certo no clube das Laranjeiras?

R: É o que eu tinha falado há um tempo atrás. Quando eu fui para o Flu, tinha sido contratado pela diretoria, pelo Abad. E o técnico Abel Braga não queria alguém da minha característica. Ele queria alguém que fosse como o Richarlison, que tivesse força para chegar no ataque e voltar para marcar lateral, esse não é o meu estilo. Então, não tive muitas oportunidades de jogar. De titular, eu acho que tive duas oportunidades ou três de jogar no Fluminense. Eu entrava apenas faltando 10, 15 minutos e acredito que nenhum jogador no mundo consegue mostrar trabalho assim. Faltou mais sequência, mais acreditar no valor que investiram por mim. Se investiram aquilo, acho que não foi à toa. Faltou mais oportunidade para eu mostrar o meu futebol porque ninguém desaprende a jogar futebol. Então, com oportunidade e confiança, acho que as coisas poderiam ter acontecido no Fluminense.

NF: Como está a sua situação contratual com o Fluminense, quando você assina com o clube de Bangladesh e quando embarca pra lá?

R: Assinei o contrato de empréstimo hoje. Vai chegar até o clube lá e vão me passar a data viagem. Creio que seja para o final de agosto o meu embarque para Bangladesh.

NF: Nesse período, você terá algum suporte de treinos do Flu ou do Água Santa? Ou vai treinar por conta própria?

R: Acho que vou contratar um personal aqui, já estou até pesquisando. O Fluminense não falou nada se era para ir lá para treinar, então vou ficar treinando aqui em São Paulo até chegar a data da minha viagem.