Foto: Paulo Sergio/Lancenet

Oi, pessoal.


 
 
 

Estes dias li algo de que gostei muito, embora, infelizmente, desconheça a autoria: “Alguns assuntos já foram assuntos demais para serem assuntos novamente.”

A pequenez da Flusócio e da proposta de jogo para UM FLUMINENSE de Abel Braga já foi assunto demais para ser assunto de novo, pensei ao escolher sobre o que lhes escreveria.

Até que, sem querer, eu tive estômago e assisti ao técnico do Flamengo falar após seu time se classificar com sobras, sem mesmo precisar atuar com 14 mais o Eric Faria…

Paulo César Carpegiani, que um dia me assombrou quando mandou seu zagueiro Bordon jogar os últimos 15 minutos de jogo como centroavante, no São Paulo, onde, por essas invenções, foi logo demitido, afirmou: “Não preciso de dois volantes para jogar.”

Técnicos não fazem em clubes grandes o que Abel tem feito no “time pequeno” que ele trabalha há 14 meses, ganhando salário que nenhum dos clubes “do tamanho do Flamengo”, como ele disse às vésperas de um FlaxFlu, lhe pagaria.

Mas “o pequeno Fluminense” da pequena Flusócio “paga” (se não em dia, um dia a justiça trabalhista mandará o Fluminense e, não Abad, pagar).

Mas “ele é tricolor”, afirmam uns, na ilusão que já me permiti, até que às 21 horas de uma segunda-feira, do ano de 1999, no Maracanã, eu fui ver Fluminense x Dom Pedro (time do Corpo de Bombeiros do DF) e me convenci de que ninguém que trabalha profissionalmente com futebol torce, como nós, torcida, para qualquer clube.

Mas, afinal, o que é ser um clube grande? É ter a maior torcida? O clube chinês Beijing Guoan seria imbatível! É ter dinheiro sobrando nos cofres? O Manchester United seria o melhor time do mundo e o maior oponente do Real Madrid.

Então, senhoras, senhores, não me venham de mimimi, ainda mais, administrando clubes brasileiros, onde 99% têm problemas financeiros, são pobres, famigerados ou falidos.

Por isso, ser um clube grande, no Brasil, está na mente e postura, dentro de campo, essencialmente, e da arquibancada, principalmente.

Fico triste e cabisbaixa ao perceber que parte da “minha” torcida aceita a pequenez de postura e conduta de jogo que Abel Braga está nos enfiando goela abaixo.

Desafio que em sua passagem pelo Internacional, Vasco, Flamengo, Abel tenha escalado um time com postura de um Tupi-MG dirigido por Ricardo Drubscky, sem ser questionado e pressionado a modificar o estilo de jogo.

Comemora não tomar gols da Portuguesa da Ilha do Governador, da Caldense e do Macaé, e diz, com um sorriso que não sei onde seu senso de humor ou ironia acham, que “o time está evoluindo”.

Evoluindo está a nossa desgraça. Não por responsabilidade do Abel nem da Flusócio, porque eles só estão lá, e há anos, o primeiro tratado como um Sassá Mutema, aliás, porque A TORCIDA DO FLUMINENSE ACEITOU E ACEITA O APEQUENAMENTO.

Eu, não! E lutarei contra tudo e todos que pensam como Abel, Abad e afins.

Há 30 anos acompanho diariamente esse clube. Vivi seus piores anos. E ele, envergado por gente como os que estão lá hoje, que o trata como um pigmeu, sempre conseguiu se reerguer.

Eu não aceito mais que o tratem assim. Nem mesmo “o queridinho” Abel! Ele está armando um FLUMINENSE como se fosse o Íbis (com todo respeito) versus o City de Guardiola, no Ethiad Stadium.

Eu não aceito mais seu deboche em falar em evolução de um time que atua com 9 ou até 10 jogadores atrás da linha da bola contra times pequenos ou em clássicos, porque isso é humilhar demais o “TAMANHO DO FLUMINENSE”.

Eu não aceito mais o deboche de escalar Gum e Renato Chaves juntos com mais outro zagueiro e dois volantes sem passe vertical de 3 metros, e falar que Sornoza não está bem, com “pouca movimentação”.

Sornoza vai se movimentar como? Trombando nos volantes ou nos adversários, que chegam a fazer 3 por 1 porque só temos Marcos Jr e Pedro de atacantes! Isto quando Marcos Jr, na recuperação da posse de bola, está marcando na defesa ao lado do Gilberto, quando deveria estar no ataque para ser opção vertical de passe.

Eu não aguento mais! Pior: ou joga Sornoza ou o Robinho porque a dupla de desastre futebolístico (Gum e Renato Chaves) “garante”!

Ninguém mais (!), nem time da quarta divisão inglesa, joga com 3 zagueiros e 2 volantes de contenção.

Nem o Botafogo joga assim! Nem o Josué Teixeira com o Macaé joga assim! Nem Fernando Diniz com um Oeste x Corínthians jogou assim!

Levir Culpi foi demitido do Santos, ano passado, por pressão da torcida, quando o time ocupava a terceira colocação no Brasileiro. Com um elenco com David Braz, Renato e Ricardo Oliveira com “90” anos, Jean Mota, Copete, Alisson, enfim, garotos também.

O que Abel tem feito com o time que veste a CAMISA DO FLUMINENSE é um escárnio, é cuspir na nossa história e grandeza.

Eu sou torcedora do Fluminense. E meu time é GRANDE. Ou como diria Nelson Rodrigues, “ENORME”.

Chega! Se for para cair, caia de pé, jogando como homens e não covardes retraídos em seu campo de defesa com medo de qualquer timeco ou sombra.

Meu Fluminense é enorme! Que decepção, Abel. Logo você, aceitar apequenar quem o ergueu.

Chega de retranca! Joguem como time grande! Percam ou ganhem como time grande!

Meu Fluminense é grande! Que decepção daquele tricolor que ainda defende essa postura de pigmeu.

Meu Fluminense é ENORME. E maior que todos vocês que o tratam com pequenez.

Chega dessa vergonha!

Admito ser rebaixada, mas vendo um time com postura equilibrada, não acovardado, escalado com 7 jogadores defensivos e só 3 ofensivos, com 8, 9 e até o Pedro, jogando atrás da linha da bola.

O adversário, mesmo um time pequeno do Rio, já perdeu o respeito e nos ataca mais que atacamos. O que é isso, Meu Deus?!!!

Chega! Porque, Abel, o FLUMINENSE é maior que você e do Paulo Autuori e da Flusócio. O FLUMINENSE “é do tamanho” de um clube de futebol extra GGGGGG…

 

Toques rápidos

– E já que muitos gostaram da paródia de “Eu nasci há dez mil anos atrás”, uma palinha no clima do bom e alegre carnaval, com outra:

“Mamãe, eu acho que estou ligeiramente grávida. Mamãe não fique pálida, são só muitos enjoos de ver Abel escalar meu TRICOLOR”

– Sorriem: teremos dias de férias de vê-los em campo com nossa sagrada e bela camisa. Bênçãos de João de Deus!

– Pessoal, bom carnaval. E para a minha amada Viradouro, glórias! (risos).

Fraternalmente,
ST.