Entidade pediu autorização para o uso de vídeo, no intuito de auxiliar arbitragem
Entidade pediu autorização para o uso de vídeo, no intuito de auxiliar arbitragem

O futebol pondera se vale a pena aderir àquilo que é rotina em muitos outros esportes: o uso de vídeo e tecnologia em decisões da arbitragem. A partir de março, deve ser testada a utilização de imagens para definição de lances capitais, um pedido feito pela CBF à International Board – atendendo a uma sugestão da Comissão Nacional de Clubes. Outras modalidades extremamente populares, casos de basquete, vôlei, tênis e futebol americano, já abriram o caminho para o qual o futebol parece rumar. O GloboEsporte.com escutou personalidades destes esportes para que eles opinassem sobre benefícios e problemas do uso de vídeo. A visão é quase unânime: há vantagens na parceria com a tecnologia, mas com ressalvas. Atletas lembram que o vídeo não elimina erros e questionam o risco de quebra da dinâmica do jogo – um problema que pode ser exponencial no futebol, que tem a continuidade como elemento-chave.

Na NBA, os árbitros são aconselhados a revisar em vídeo lances duvidosos, sobretudo quando o relógio está zerando. Houve um momento emblemático em 15 de maio, no sexto jogo da semifinal da conferência Leste. O Washington Wizards perdia por 94 a 91, jogando em casa, e isso significava o fim do sonho de título – já que o Atlanta Hawks tinha 3 a 2 na série. E aí, no último instante, Paul Pierce encontrou um arremesso de três pontos e empatou a partida. Atletas invadiram a quadra, eufóricos, enquanto torcedores, em êxtase, se abraçavam nas arquibancadas. Era um momento histórico. E aí os árbitros se reuniram, reviram o arremesso em vídeo e concluíram que a bola ainda estava nas mãos do jogador quando o cronômetro foi zerado. O lance não valeu. A emoção em Washington foi automaticamente cortada. E a vitória ficou com Atlanta.


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