Pedro Abad explica operação do Maracanã e o que foi feito desde a Copa

Dirigente detalhou situação em torno do "Maior do Mundo"

Não, o Maracanã está muito longe de ser o estádio que ficou conhecido entre os torcedores mais populares do Rio. Sem geral e com cadeiras do início ao fim, o estádio foi modernizado e passou a custar bem mais do que no passado. Em entrevista ao programa Bate Bola, da ESPN, o presidente Pedro Abad falou dos problemas envolvendo a operação do estádio desde a Copa do Mundo, realizada no Brasil, em 2014.

– O Maracanã foi reprojetado para receber seis jogos, os da Fifa. Qual a consequência disso? Tem a operação cara, manutenção fixa cara e os contratos firmados pela concessionária e prestadores de serviço. Num primeiro momento o Fluminense fez um contrato sem custos de operação, mas abrindo mão de arrecadações nos jogos, bares, receita de estacionamento, visitas guiadas. O Fluminense ficava com a receita atrás dos dois gols. Posteriormente a isso, com a Copa do Mundo, o Maracanã ficou entregue ao Comitê Organizador e houve os danos físicos pelos jogos que lá tiveram, não se sabia de quem era a responsabilidade, o estádio ficou fechado. O Fluminense e o Flamengo precisaram num curto espaço de tempo. Para aqueles dois jogos (contra Vitória e Atlético-PR) utilizamos um modelo diferente e poderia ser ampliado para 2017. Terminando esse tempo, fomos exercer o nosso contrato e a concessionária não queria que fosse exercido dessa forma. Tivemos dificuldade para usar contra o Liverpool, pela Copa Sul-Americana e precisamos recorrer ao judiciário. Num primeiro momento conseguimos a liminar, depois houve o agravo mantendo que temos de seguir pagando o aluguel de R$ 100 mil, no modelo daqueles dois jogos, e operação até o julgamento do mérito. Hoje saiu uma decisão mantendo essa determinação até que tenha decisão de primeira instância. Por enquanto jogamos assim, pagando R$ 100 mil, com custos de operação, exceção de luz e água. Esses custos não são fixos. Era um valor muito mais alto, conseguimos ir reduzindo paulatinamente esses custos. Temos uma precificação padrão de 40 reais no meio do campo e 50 atrás do gol. Com isso, precisamos ter algo entre 22 mil espectadores, zerando a conta. Se reduzimos muito o preço, como fizemos recentemente, é natural que tenhamos prejuízo – disse.