Um incêndio de grandes proporções atingiu o Ninho do Urubu, CT do Flamengo, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira. O incidente deixou dez mortos e três feridos, sendo um em estado grave. De acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, o local tinha problemas de documentação.

Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, não é somente o CT do Flamengo que não tem alvará. Fluminense e Vasco também não entraram com pedido. A Prefeitura informou que acionou as gerências responsáveis pelo CT do Fluminense para fiscalizar e tomar as devidas providências legais. De acordo com a nota da entidade, “existe registro de licença de obras, com validade até 23/10/2019”.

 
 
 

Localizado na Barra da Tijuca, próximo à Cidade de Deus, o CT do Fluminense, nomeado de Pedro Antônio, responsável pela obra, fica em um terreno cedido pela própria prefeitura, no começo de 2013. Inaugurado em julho de 2016, o local é utilizado desde outubro do mesmo ano apenas para treinamento do elenco principal. Em nota, Pedro Antônio deu esclarecimentos sobre o caso.

Confira a nota de Pedro Antônio: 

“Prezados
A respeito dos comentários sobre as licenças do CT do Fluminense, tenho alguns esclarecimentos:
1) todas as obras no CT foram previamente licenciadas.
2) ao final da primeira fase que era a construção da academia, vestiários, piscina, 2 campos entre outros, demos início aos documentos finais para o habite-se parcial desta área.
3) para tal habite-se e a seguir o alvará, tudo deveria estar aprovado junto ao corpo de bombeiros e todos os equipamentos instalados. Todos os equipamentos tais como mangueiras, extintores etc foram devidamente instalados.
O processo de vistoria e aprovação nos bombeiros, foi dado entrada em 26/06/2017, com a devida taxa paga.

Os projetos de ar condicionado e exaustão mecânica também foram aprovados na Prefeitura.

Naquele mesmo mês de junho de 2017 fui sumariamente demitido e ninguém mais me procurou para tratar do CT.
Apesar da situação de estar fora do Fluminense compulsoriamente, segui me dedicando para terminar o licenciamento de aterro da rua.
Em 31/08/2017 a rua foi licenciada.

5) em 4/09/2017 mandei e-mail com cópia da licença e demais documentos para o Fluminense pedindo uma reunião para entrega de tais documentos originais e no mesmo e-mail pedi para “providências do Fluminense para designar junto aos diferentes órgãos, os responsáveis pelos diversos projetos / licenciamento”.

6) tal reunião ficou marcada para final do dia 11/09.

7) no dia 11 “gerente operacional – CT Barra” assim se intitula o Sr Gustavo Ribeiro, mandou mensagem e para a Cecília – advogada que por sinal depois mandaram embora, já que ele tinha um “compromisso com meu filho pequeno”.

7) em 16/10/2017 protocolei na secretaria de meio ambiente a baixa da minha procuração das obras do CT, já que não poderia seguir responsável a uma obra em que eu não tinha mais nenhum acesso.

8) o mesmo procedimento fiz junto à secretaria de urbanismo em 16/10/2017.

A poucos dias encontrei com o Presidente Abad e questionei sobre os acompanhamentos e processos junto à prefeitura e ele me informou que estava tudo em dia, conforme informavam a ele.

Infelizmente, pelo que vi nesta manhã no noticiário, apesar de não me encontrar no Brasil, nada foi concluído tanto de habite-se e o alvará.

ST
Pedro Antônio”