Nos últimos dias, os bastidores do Fluminense se agitaram com a possibilidade de uma mudança no estatuto para permitir a Pedro Antônio se candidatar à presidência na eleição que ocorrerá na segunda quinzena de novembro com o apoio do atual mandatário Peter Siemsen. Oposicionistas classificam tal movimento como “golpe”. Vice de projetos especiais, Pedro Antônio se defende.

– Primeiro, não se está alterando nada. Segundo, se alterar, vai ter o sufrágio de todos os sócios votarem a mudança. Quem decide é a razão de ser do Fluminense: o torcedor. Ponto. O que as pessoas não podem é fazer uma campanha anti-Pedro. Não podem defender que o estatuto não seja mudado por causa do Pedro Antonio. A sociedade tem de seguir as leis. Elas são feitas para o bem da coletividade. Se a sociedade achar que tem de se adaptar para o bem, muda-se. Em 110 anos, o mínimo de associação era um ano. Faz três anos que é cinco. O sócio futebol pode ser presidente? Não. O sócio futebol pode ser conselheiro? Não. É como proteger o Rio de Janeiro de uma nevasca – disse.

 
 
 

De acordo com o atual estatuto do clube, para se tornar elegível, um sócio precisa estar filiado ao Fluminense por pelo menos cinco anos. Não é o caso de Pedro Antônio, que se associou apenas em 25 de setembro de 2013.

Pedro Antônio vem de uma família de tricolores e associados. Seu avô se filiou ao clube em 1927. Seu pai também se associou. O empresário, porém, não entrou. Segundo ele, por conta da burocracia.

Até o momento, três concorrentes já se anunciaram como candidatos. São eles Cacá Cardoso, Pedro Trengrouse e Pedro Abad.