Marcelo Ramos (nome fictício) tinha consulta marcada com um médico nesta sexta-feira. Assim como todos os outros funcionários do Fluminense, no entanto, ele foi surpreendido com a informação de que o plano de saúde fora suspenso por falta de pagamento do clube. Não houve comunicado oficial aos funcionários, que só souberam do ocorrido através do boca a boca.

Procurado pelo NETFLU, o Fluminense não se manifestou durante toda a tarde. Mas o drama não é apenas este. A Rita Medeiros (nome também fictício), a exemplo de outras centenas de funcionários, não recebeu ainda o 13º de 2018, tampouco os últimos dois meses em que trabalhou nas Laranjeiras. Com dificuldades, teve de pegar empréstimo para conseguir pagar as contas cotidianas.


 
 
 

Desde que assumiu a presidência do Fluminense, Mário Bittencourt trata pendências financeiras como prioridade. Conseguiu quitar alguns salários, mas a queda para o Corinthians na Sul-Americana, no entanto, além da venda do atacante Pedro, abaixo do valor esperado, emperrou alguns dos planos da diretoria.

A expectativa, porém, é que parte dos débitos sejam sanados em breve, com a entrada da primeira parcela do dinheiro da negociação de Pedro. Com relação ao plano de saúde, o NETFLU apurou com pessoas lidadas à diretoria que o tema é tratado com urgência, já que pode acarretar em processos ao clube, caso um funcionário não possa ser atendido numa emergência por ter o plano suspenso.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que o plano de saúde dos funcionários é cortado por falta de pagamento. No ano passado, em duas ocasiões, ainda sob a gestão Pedro Abad, o mesmo havia ocorrido. Primeiro, no dia 4 de setembro e, depois, em 6 de novembro.