psA comoção em torno do rebaixamento da Portuguesa não surpreendeu o presidente do Fluminense. Peter Siemsen vê como natural a torcida pelo clube menor, mas diz que a sociedade não pode ficar a favor do descumprimento das regras. O gestor do tetracampeão brasileiro chega a usar a palavra anarquia para definir o que muitos pedem com relação ao caso Héverton.

– Eu vou te dizer: desde garoto, na década de 70, quando assistia ao Paulista, é claro que preferia sempre que a Portuguesa e a Ponte Preta ganhasse em detrimento dos quatro grandes. Os outros estavam vencendo sempre e eu quero que ganhe, então, quem não ganhou. Quando o Guarani jogou com o Palmeiras a final de 1978, por exemplo, eu torci para ele porque o Palmeiras já tinha sido campeão da Taça Brasil e do Brasileiro algumas vezes. É natural que o time que esteja forte a gente torça contra. E aí criou-se ainda o ambiente de decisão no tribunal, um movimento pernicioso à sociedade porque você fala ‘não aplica a regra’, ‘só aplica quando me interessa’ e passa a construir uma certa anarquia. Quando não me interessar punir você porque vai gerar um desdobramento, você passa a escolher quem pune com a mesma regra. É um mau serviço para todos – argumentou Siemsen.


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