Parece piada, mas não é. Em reportagem publicada no site do jornal O Globo, foi divulgado que o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o seu pai César Maia ganharam novos apelidos nas planilhas da Odebrecht, que estão anexadas ao inquérito aberto pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Superior Tribunal Federal (STF). Segundo a publicação, antes citado como “Botafogo”, em delação de Claudio Mello Filho, ex-diretor Relações Internacionais da Odebrecht, agora, o presidente da Câmara dos Deputados aparece com o codinome “volante” nos documentos tornados públicos pelo ministro. Já o vereador, é citado como “déspota” e “inca”.

O funcionário do setor financeiro da empreiteira, Luiz Eduardo da Rocha Soares, anexou na sua delação planilhas nas quais constam indícios de pagamentos ao presidente da Câmara dos Deputados, com codinomes relacionados ao futebol. Na planilha LA, que possivelmente se refere a Leandro Andrade, diretor da Odebrecht no Rio, o nome de Rodrigo Maia aparece no campo “jogador”, do clube “Fluminense”, e na posição de “volante”. Segundo o documento, o “valor de passe” do deputado seria 100.

 
 
 

De acordo com outra planilha apresentada, “Fluminense” e “volante” se referem ao Partido Democratas (DEM) e ao cargo de deputado federal, respectivamente. Esses pagamentos teriam sido feitos no período das eleições de 2014.

O inquérito foi aberto para investigar as relações do deputado federal e de seu pai César Maia com a Odebrecht, segundo delações de cinco colaboradores. Rodrigo Maia teria recebido R$ 350 mil, em 2008, para a campanha eleitoral daquele ano. No entanto, nem ele nem seu pai foram candidatos a cargos eletivos à época. Os pagamentos foram feitos pelo Setor de Operação Estruturadas da empresa,conhecido como departamento de propinas, e foram recebidos pelos assessor de César Maia, João Marcos Cavalcanti de Albuquerque.