(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Foi um jogo sonolento no Maracanã. Sob forte calor e com muitos erros, o Boavista venceu o Fluminense por 1 a 0, pela quinta rodada da Taça Guanabara. A primeira derrota do Tricolor em 2020 evidenciou um problema que já vinha aparecendo em partidas anteriores, mas ficou mais escancarado neste: a criação. Para além das decisões erradas com a bola, o time de Odair Hellmann mostrou, como o próprio treinador admitiu, que ainda tem um caminho a percorrer.

Nesse sentido, o portal Lancenet analisou que o Flu errou muitos passes no Maracanã e isso ajudou a explicar a dificuldade para a construção de jogadas. Para além da boa marcação do Boavista, desatenção e equívocos bobos marcaram a partida. Para se ter ideia, foram 50 passes errados de acordo com o “Footstats”. Nos últimos jogos, exceto pelo clássico contra o Flamengo que não teve estatísticas divulgadas, a média era de 31. Nas finalizações, desempenho também abaixo. Foram três certas (média anterior de 5,3) e oito erradas (antes eram 6,6).


 
 
 

No intervalo, em entrevista à algumas rádios, o próprio volante Hudson admitiu o ritmo mais lento e a falta de intensidade. Ele, inclusive, foi um dos que mais tentou criar ao lado do jovem Miguel, que é uma tentativa de desafogo do time. Voltando a atuar com um centroavante, diferente do que aconteceu no Fla-Flu, o Tricolor criou apenas duas oportunidades claras no primeiro tempo.

Esse cenário só melhorou com a entrada de Nenê, que colocou um gás a mais no resto dos jogadores e foi responsável por duas boas oportunidades, além de auxiliar na criação de mais duas. Mesmo assim, a dificuldade era evidente.