Fluminense está no Grupo D da Libertadores (Foto: Divulgação - FFC)

O Fluminense está no Grupo D da Copa Libertadores da América, com River Plate (ARG), Independiente Santa Fe (COL) e Bolívar (BOL) ou Junior Barranquilla (COL). O portal Uol ouviu palavras de jornalistas esportivos dos países respectivos e avaliou o que o Tricolor terá pela frente na competição.

Cabeça de chave, o River Plate é considerado o principal adversário e visto como um dos favoritos à competição. No entanto, passa por transição no seu elenco.

 
 
 

— Para o River, esta Libertadores está em uma circunstância em que luta pela classificação à segunda rodada da Copa da Liga Argentina, que é o torneio mais importante deste momento na Argentina. E tendo avançado para as oitavas de final da Copa da Argentina, quando vai enfrentar o Boca. Agora, continuar nas competições não implica que esteja em seu melhor nível. Não está, por exemplo, no nível daquele jogo contra o Palmeiras, no Allianz Parque (na Libertadores do ano passado). Ainda não se acostumou com a ausência de Ignacio Fernández, que foi para o Atlético-MG. O River vai ter que aproveitar suas variações. E há a possibilidade de ser campeão na liga local, o que não conseguiu nos últimos torneios. Gallardo diz que é a possibilidade de vencer este torneio local de uma vez por todas, e também tem a necessidade de tentar avançar no grupo porque seu objetivo é ganhar a Libertadores, algo que escapou em 2019 e 2020 – disse Nico Berardo, do jornal argentino Olé.

Outro adversário já confirmado é o Independiente Santa Fe. Com a chegada do técnico Harold Rivera, o time colombiano passou por mudanças no estilo de jogo nos últimos anos. Quem explica é Sebastián Bejarano, da rádio colombiana El Vbar Caracol.

— O Santa Fe é um time muito organizado desde quando o Harold Rivera chegou. Era um time com muito cruzamento e pouca posse e ele mudou isso sem perder a essência dos jogadores, que vão bem no jogo aéreo, manejam bem a bola parada. No ataque, os gols estão mais na parte da criação. Tem volantes muito bons na primeira linha e que podem jogar no chamado “box-to-box”. Tem uma defesa muito sólida. Vale lembrar que o Rivera chegou em 2019, quando o Santa Fe estava perto do descenso, fazia um torneio ruim, e mudou o cenário. Hoje o Santa Fe tem algumas das melhores atuações do futebol colombiano – alertou.

Ele também falou a respeito do Junior Barranquilla, que pode compor o grupo tricolor, caso vença o duelo com o Bolívar.

— Junior tem um futebol bem mais vertical, volantes extremos, com muita chegada pelo centro. Tem um 9 que atuou no Brasil, que é o Borja, e um jogador como o Teo Gutierrez, que foi um dos melhores da América nos tempos de River Plate. Sem dúvida um dos melhores da liga colombiana. A defesa ainda não encaixou bem a dupla central, está mudando bastante. O ataque é muito solvente, enquanto o setor defensivo tem alguns buracos. Não é uma equipe que deslumbra, mas os times colombianos que vão disputar a Libertadores estão em um nível bem parelho – falou.

Por fim, o site também fala sobre o time boliviano, que, inclusive, saiu na frente do Junior Barranquilla na disputa da terceira fase com vitória de 2 a 1 na ida e, agora, tentará confirmar a classificação na Colômbia:

— O Bolívar está concentrado em conseguir uma vaga na fase de grupos da Libertadores e, por isso, vai apresentar uma equipe alternativa para o torneio local, onde, na segunda-feira, encara o Independiente Petrolero. O Bolívar tem um projeto de cinco anos, quando completa o centenário, de conquistar a Libertadores e obter o tricampeonato do Campeonato Boliviano, algo que ainda não conseguiu. Foram feitas contratações de alguns jogadores bolivianos jovens, que se aliam a estrangeiros. Eles estão implementando um novo modelo de gestão e esperam chegar à fase de grupos, mas sabem que é uma demanda maior, mais difícil.