Não só de jovens talentos é formada uma das categorias de base que mais revela jogadores no país. No Fluminense, o que tem na “água de Xerém” é trabalho para captação, dedicação e 12 mulheres que contribuem principalmente para a formação dos jovens fora das quatro linhas. À frente de sete áreas dos bastidores, as profissionais ajudam a fazer com que o Tricolor seja bem sucedido em passar à frente justamente o lema propagado no CT Vale das Laranjeiras: faça uma melhor pessoa que teremos um melhor jogador.

– A partir do momento que a instituição tem como principal propósito “Faça uma melhor pessoa, para formar um melhor jogador”, percebemos o quanto há de importante no trabalho desenvolvido em Xerém. Todos os profissionais estão voltados para que os atletas possam assimilar os valores contidos no esporte para o seu crescimento e, ainda que o esporte de alto rendimento exija em performance e resultados, procuramos trabalhar a construção deste ser humano para que sua evolução seja integral e completa – disse a psicóloga Simone Luz, em entrevista ao Lancenet.

 
 
 

E ela não é a única que faz parte desse trabalho. Em Xerém há também a coordenadora de serviços sociais Lucilene Dias, as assistentes sociais Débora Menezes, Jackeline Santana e Rafaela Marques, a pedagoga Paula Cristina, a psicopedagoga Katia dos Santos, a psicologia social Shaiana Souza, as nutricionistas Micarla Félix e Gabrielly Reis, a coordenadora de psicologia Emily Gonçalves e a psicóloga Rossana Costa, que trabalha com Simone.

O Fluminense vem investindo e melhorando a cada ano a estrutura da base. O trabalho fora das quatro linhas acompanha o avanço não só do clube, mas dos debates mundiais na parte social. Dentre os focos do trabalho estão justamente as mulheres, que neste 8 de março celebram um dia de luta e conscientização por espaço, justiça e igualdade. Simone Luz ressaltou o método de Xerém que ajuda na construção do chamado DNA Tricolor.

– Temos um setor que trabalha em prol desta psicoeducação de forma geral, não só em relação com as mulheres, mas com todo o contexto social. Este setor psicossocial pedagógico, coordenado pela Assistente Social do clube, Lucilene Dias, abrange toda formação do atleta, desde sua estrutura familiar, dando todo suporte necessário, apoio e acompanhamento escolar, acolhimento e orientação dos valores com os quais este atleta, que se encontra inserido em uma sociedade, precisa desenvolver para sua autonomia tornando-se um cidadão organizado e bom – explicou Simone.