Discursos que não se combinam. Trazida ao Fluminense pelo então vice-presidente de projetos especiais, Pedro Antônio Ribeiro, a Viton 44 chegou ao Tricolor num momento se suma importância, pouco depois da rescisão do clube com a Unimed. Do ramo de bebidas, e empresa encampou um patrocínio de R$ 12 milhões na primeira temporada (a partir de 2015) e R$ 24 milhões na segunda (a partir de 2016), mas não conseguiu honrar com os pagamentos. Sendo assim, no dia 3 de março de 2016 foi anunciada a rescisão amigável, onde a dívida, naquela altura de R$ 9 milhões (por conta de sete meses de atrasos), fora diluída em 12 parcelas. O problema é que, enquanto representantes do Flu dizem que ainda não foi definida a situação, o mandatário da ex-patrocinadora, Neville Proa, garante que não há mais débitos.

Em entrevista concedida à Rádio Brasil na última semana, o vice-presidente financeiros do Fluminense, Diogo Bueno, disse que ainda existe uma pendência financeira do ex-patrocinador com a instituição verde, branca e grená.


 
 
 

– Temos um valor a receber, mas não recebemos nenhum referente a isso. Confesso a vocês que não sei precisar qual o valor e em que pé que isso está – frisou na ocasião.

Intercalando o seu tempo entre o Brasil e os Estados Unidos, o homem forte da Viton 44, Neville Proa, discursou em outra direção. Questionado pelo NETFLU, ele enfatizou que não há nenhuma dívida relacionada do Fluminense.

– Está tudo pago (com o Flu). Só o mercado nacional que está péssimo, péssimo, péssimo. A entrada de dinheiro no país está muito pequena, principalmente no Rio de Janeiro. Está entrando muito menos do que antes. Com o Fluminense não tem nada. Para trás está tudo pago. Não estou devendo a ninguém, está tudo dia. Quem falar isso (que há débito) mande provar – destacou.

É importante lembrar que as marcas “Matte Viton”, “Guaraviton” e “Guaravita” estampavam a frente, às costas e as mangas da camisa tricolor. A crise econômica que atingiu o país fez a empresa reduzir drasticamente o número de funcionários, passando de 740 profissionais para cerca de 470, embora Neville Proa garanta que a produção não tenha diminuído. Mesmo com todos os problemas enfrentados e a certeza de que não voltará mais a investir no futebol, ele não se arrepende das ações que sua empresa protagonizou, tanto no Fluminense como em outros clubes.

– Não fiz e não vou fazer mais nada com futebol. Com muito sacrifício, pagamos as coisas. Não me arrependendo de ter investido. Não sei te dizer isso (se teve mais lucro do que prejuízo). Estamos vendendo até hoje por conta dos nomes na camisa do Botafogo, Flamengo, Fluminense… não me arrependo de nada, graças a Deus – concluiu.