Peter auxilia em questões que Pedro Abad não pode participar (Foto: Mailson Santana - FFC)

Nunca foi novidade para ninguém os problemas financeiros envolvendo o Fluminense, sobretudo depois da saída da Unimed. Buscando equalizar as dívidas, o clube teve de antecipar e/ou adiantar receitas na última temporada, oriundas da TV, por exemplo, ao contrário do que o ex-presidente Peter Siemsen e seus apoiadores, incluindo Pedro Abad, diziam.

Teve uma parcela que foi antecipada, sim. A falta de outras receitas te faz valer de instrumentos que dão como garantia o contrato da Globo. Na verdade não foi exatamente antecipada. Foi pego um empréstimo e dado o contrato da Globo como garantia. É natural que, em um momento de necessidade, se faça isso. É comum, os outros clubes fazem, não tem jeito. Foi usado esse procedimento em uma parcela pequena do contrato. É uma necessidade, o clube tem de continuar funcionando – contou o atual mandatário tricolor, em entrevista publicada nesta manhã pelo Globoesporte.com.

 
 
 

No dia 20 de setembro do ano passado, pouco mais de dois meses antes das eleições presidenciais do Fluminense, o portal NETFLU entrevistou o, então, candidato, Pedro Abad. Ele foi perguntado sobre contratos assinados, de atletas, funcionários ou acordos em geral (TV, patrocínio e etc), que extrapolem a gestão vigente. Na resposta, salientou que não havia antecipações financeiras no Tricolor, apesar do cenário.

– Acho que depende do tipo de contrato. Atleta, por exemplo, é uma coisa separada, porque hoje em dia, como não existe mais passe, para trazer qualquer jogador você precisa amarrar um contrato que leva tempo. O caso do Sornoza e do Orejuela é exatamente isso, por exemplo. Alguns tipos de contratos é difícil você não fazer. Por exemplo, televisão. Os períodos são longos. Fica difícil para o presidente conseguir fazer diferente. Um ou outro, acho que você pergunta, como contratos de empréstimos, de adiantamento de receita. Isso tem que passar pelo Conselho Fiscal. Sempre que o presidente foi fazer um contrato desses, ele veio me consultar. Aí ele coloca para o Conselho Fiscal e dizemos sim ou não. Hoje não temos nenhum empréstimo que ultrapasse a gestão do presidente, cota de TV adiantada. Então, tem casos e casos.