Foto: Ferj

No intuito de resolver o impasse relacionado à semifinal da Taça Guanabara, o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, recebeu os mandatários do Fluminense, Pedro Abad, Vasco, Eurico Miranda, e Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello para uma reunião na sede da entidade na última segunda-feira. Por lá, fizeram um apelo pela paz nos estádios, com o convívio tranquilo entre torcidas rivais.

Também participaram do encontro o presidente do Madureira, Elias Duba, e o do Volta Redonda, Flávio Horta.

Veja o que disse cada um dos mandatários a respeito da violência nos estádios:


PEDRO ABAD – FLUMINENSE

Quando proibimos uma torcida de ir ao estádio, ou permitimos que somente uma vá torcer para o seu time, estamos admitindo a falência da sociedade e do Estado. É inadmissível que a gente não consiga dar segurança as pessoas num estádio, pois sempre se conviveu assim. Estamos levando a culpa pelos fatos ocorridos para pessoas jurídicas, enquanto quem deveria responder são aqueles que cometem homicídios. Esperamos voltar a ter o convívio social. Me lembro bem quando a gente éramos mais jovens ou até bem pouco tempo, descíamos cantando as rampas do Maracanã ou saíamos dos estádios mais acanhados cantando pelo nosso clube, sem agredir ninguém. Levar um outro torcedor ao óbito com agressões não existe. Este, sim, tem de responder por isso.

RUBENS LOPES – FERJ

Somos contrários à torcida única nos estádios e estamos pedindo uma reconsideração da Justiça para realizar a semifinal da Taça Guanabara, entre Flamengo e Vasco, no próximo sábado (25/02), no Estádio Nilton Santos. Contamos com a sensibilidade do magistrado para que ele reconsidere a decisão. Esse é um desejo de todos os presidentes dos clubes cariocas.

EURICO MIRANDA – VASCO

A Polícia Militar já garantiu ter segurança para duas torcidas em estádios e nas ruas. Somos unânimes contra a torcida única. Estamos fazendo um apelo a nossos torcedores. A grande diferença do futebol do carioca é que temos quatro grandes torcidas nas arquibancadas. Sou do tempo em que a o jogo estava rolando e todos ficavam observando a festa das torcidas nas arquibancadas. Que volte essa época de convivência. Eu sempre estimulo a rivalidade, mas nunca a violência. Faço um apelo para que as próprias torcidas expurguem esses mal elementos. O torcedor de bem não pode ser penalizado. É como se a gente tivesse banindo o torcedor dos estádios

EDUARDO BANDEIRA DE MELLO – FLAMENGO

Faço um apelo dramático aos cidadãos do Rio de Janeiro pela paz nos estádios. Não somos inimigos, mas adversários. Temos a noção e a certeza de que um precisa do outro. E nossas torcidas podem viver em paz. Os torcedores da mesma família, porém que torcem por clubes diferentes, tem de ter o direito de irem ao estádio juntos. Por isso a nossa luta pela harmonia e pela paz. Esperamos uma nova era, na qual as torcidas possam viver pacificamente