Presidentes conversaram em clima de cordialidade (Foto: Vicente Seda - Ge.com)

Em evento de campanha do candidato à Prefeitura do Rio Marcelo Crivella, nesta sexta-feira, na mansão do gestor do Boavista, João Paulo Magalhães, os presidentes de Fluminense, Flamengo e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Peter Siemsen, Eduardo Bandeira de Mello e Rubens Lopes, respectivamente, encontraram-se e deixam o clima de animosidade de lado. Recentemente, tanto o Tricolor quanto o Rubro-Negro se colocaram como adversários da entidade em virtude de diferenças políticas e comerciais relacionadas ao Campeonato Carioca.

Questionado sobre o papo com os demais cartolas, Peter Siemsen foi sucinto:

 
 
 

– Temos de buscar o melhor para o clube e para o nosso futebol no futuro.

Já Bandeira de Mello se mostrou mais aberto a um diálogo e aproximação da Ferj.

– Houve aquela ação na Justiça que o presidente da Ferj pediu desculpas e a partir daí se estabelecem condições para que possa se discutir as coisas em um ambiente de cordialidade. É claro que as diferenças continuam, na área esportiva e política, mas pelo menos podemos sentar como pessoas civilizadas para tentar discutir isso – explicou.

Rubinho, por sua vez, lembrou que o evento não tinha como objetivo tratar apenas do futebol, como também dos rumos para a cidade do Rio de Janeiro, mas garantiu querer ter boas relações com todos.

– A reunião e a união são em prol do coletivo, da cidade do Rio de Janeiro, do futebol do Rio de Janeiro, mas não especificamente só o futebol. Essa reunião de todos esses presidentes é em função de uma grandeza muito maior do que somente o futebol. A bandeira branca sempre esteve no topo do mastro – disse.

Eurico Miranda, presidente do Vasco, e Carlos Eduardo Pereira, do Botafogo, também estiveram presentes no encontro.

Outro possível motivo de racha, a briga entre Fluminense e Flamengo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a tentativa frustrada do Tricolor de anular o resultado do clássico em função da influência externa na arbitragem, foi minimizada por Bandeira de Mello. O mandatário do clube rubro-negro afirmou que cada clube procurou defender seus interesses.

– Eu nunca tive dúvidas de que o resultado do Fla-Flu seria confirmado, mas claro que isso poderia causar uma certa insegurança em parte da torcida e até no elenco. Então, desse ponto de vista, foi muito bom isso ter acontecido. A gente conversou rapidamente, mas temos de saber separar as coisas. O Fluminense estava buscando seus direitos, e o Flamengo também buscava os seus. A vida segue – encerrou.