(Foto: Mailson Santana - FFC)

O Fluminense aposta numa metodologia unificada em suas categorias de base. A ideia no clube é promover um jogo para a frente. “Um futebol ofensivo e intenso, que prioriza a posse de bola objetiva, com passes e dribles rápidos para criar espaços e finalizar no gol adversário. E, ao perder a bola, reagir rápido para recuperar a posse, de forma organizada”. Tal proposta vale do sub-5 ao sub-20, como falam os profissionais de Xerém.

— A Metodologia DNA Tricolor é aplicada em nossas categorias de base, tem origem na essência do clube e organiza nossos processos de desenvolvimento do atleta formado em Xerém, sua preparação, sua atuação em jogos e sua formação integral. A metodologia é a maneira organizada como podemos juntar os diferentes objetivos e características de cada faixa etária em uma linha de construção para que o atleta tenha uma formação completa. Seguindo uma metodologia, o trabalho de uma categoria se soma e potencializa o realizado em uma outra – disse o coordenador metodológico da base, André Medeiros, complementando:

 
 
 

— Não devemos confundir ideia de jogo com sistema de jogo. A ideia de jogo de Xerém deve ser algo enxergado em todas as equipes, não é como um sistema de jogo em que todas as equipes jogam igual. Equipes têm atletas diferentes e características individuais distintas. Os jogadores são a base do processo. Com isso, os times irão atuar com a ideia de jogo de Xerém, porém com suas diferenças táticas.

Ex-coordenador metodológico e hoje técnico do sub-17, Guilherme Torres também falou sobre as ideias.

— É como nadar em uma piscina, onde as raias orientam a direção e o sentido, porém dependendo da pessoa que está nadando, ela vai se identificar mais com um estilo de nado em relação a outro. Nossa metodologia tem a função de orientar a direção e o sentido do processo de formação, com o treinador sendo o principal responsável pela sua operacionalização, com seu próprio estilo e característica. Se queremos formar jogadores criativos, inteligentes e autônomos, não podemos podar essa característica dos nossos treinadores e sim dar um norte, uma orientação do que o clube deseja em duas categorias de base – destacou.

Medeiros está confiante de que o trabalho dará frutos na frente.

— O trabalho de Xerém já é uma realidade e está cada dia mais forte. O torcedor deve esperar o melhor. Xerém representa um investimento capaz de influenciar no presente e no futuro de sucesso do Fluminense, mantendo a tradição de glórias que vem desde o passado do clube – aposta.

Pensamento parecido tem Torres, que explicou ainda como os técnicos podem ajudar em todo o processo.

— A transição da coordenação metodológica vem acontecendo de uma maneira bem natural, pois estamos fazendo um trabalho em conjunto neste período para que todos os procedimentos metodológicos fiquem cada vez mais alinhados. Entendo que, no papel de treinador, tenho uma grande oportunidade de inspirar jogadores e comissão técnica a praticarem nossa metodologia na essência e com isso colaborar para a formação desses jogadores – completou.