O ano de 2019 foi especial para o nadador tricolor João Pierre Campos. Em seu último ano no infantil, ele conquistou títulos importantes e bateu cinco recordes no Brasileiro de Inverno (200m livre, 100m borboleta, 200m borboleta, 400m livre e revezamento 4x200m livre). O ótimo desempenho lhe rendeu o prêmio de melhor nadador de sua categoria no Troféu Best Swimming.

Por que e quando começou a nadar?


 
 
 

– Sempre nadei, desde bebê. Meus pais queriam que eu e minha irmã aprendêssemos a nadar por uma questão de segurança e saúde.

Quando chegou ao Fluminense?

– Em 2013 nos mudamos para o bairro do Flamengo e entramos de sócio no Fluminense. Meus pais pediram para que eu e minha irmã escolhêssemos um esporte para praticar e eu escolhi a natação. Depois de um teste, a Aninha, técnica da equipe mirim, disse que eu não precisava passar pela escolinha. Nem eu nem minha família sabíamos o que era fazer parte de uma equipe, mas eu aceitei.

Como você concilia a rotina puxada de um atleta com os estudos?

– Minha rotina é bem puxada. Treino de segunda a sexta na parte da tarde, das 15h30 às 18h40 na água, e depois vou para a academia. Três vezes por semana tem dobra na madrugada, de 4h45 às 6h. Aos sábados tem treino pela manhã, de 7h às 10h. Estou no primeiro ano do ensino médio, tenho aula todos os dias até 13h e três vezes por semana tenho aula à tarde.

Em 2019, seu último ano no infantil, você conquistou títulos importantes e quebrou recordes em diferentes provas juntamente com o seu técnico. Quando você começou a treinar com o Daniel Catelan e como é a relação de vocês?

– Catelan é meu técnico desde 2018. Durante toda minha passagem pela categoria infantil. Nossa relação é de respeito e amizade. Catelan é um cara bacana.

Qual a sua prova preferida e por quê?

“Essa é difícil de responder. Eu fico bem em dúvida entre os 200m e 400m livre. São duas provas que eu gosto muito de nadar. Os 200m livre é uma prova interessante porque é difícil de acertar tudo. Muitas vezes tem um detalhe que eu acabo deixando escapar. Então essa prova é sempre um desafio para mim. Já os 400m é uma prova que eu me identifico muito e me sinto bem em nadar”.

Qual foi sua competição inesquecível?

“Troféu Chico Piscina, em Mococa, no ano passado. Por toda estrutura diferente das demais competições e sem dúvida foi uma competição ímpar”.

Em sua primeira competição em 2020, você já quebrou o recorde brasileiro dos 800m livre. Qual sua expectativa para esse seu primeiro ano como juvenil?

– Estava bem empolgado e confiante de que seria o melhor ano da minha carreira, no entanto, fomos todos atropelados por essa pandemia do coronavírus. Ainda assim, acredito que vamos superar isso.

Qual seu maior sonho na natação?

– Meu maior sonho é poder representar o Brasil nos Jogos Olímpicos.

Carreira de atleta é curta. Você tem um plano B?

– Pretendo cursar uma faculdade, mas ainda não sei qual carreira vou escolher.

O que tem feito durante a quarentena? Tem conseguido treinar ou está aproveitando para fazer outras atividades?

– As duas coisas. Meu preparador físico passou treino físico para fazer em casa, nosso corona treino. Também aproveito para realizar outras atividades, como andar de bicicleta, praticar corrida e muay thai com meu pai.