Com três passagens pelo Fluminense, entre 97 e 2000, 2001 e 2002 e 2009, o ex-atacante Roni, atualmente empresário do mundo do futebol, falou com exclusividade ao NETFLU sobre diversos assuntos ligados ao Tricolor. O ex-atleta analisou o momento que o clube vive com Fernando Diniz, que foi seu companheiro no clube no fim dos anos 90.

Roni também comentou sobre a breve passagem pelo Flamengo em 2007 e ratificou a importância do Fluminense em sua vida profissional, clube que o deu projeção nacional e o fez chegar até a Seleção Brasileira. Confira, na íntegra, a entrevista do site número um da torcida tricolor com o ex-atacante:

 
 
 

NF: Você chegou ao Fluminense num período complicado do clube e foi convocado para a seleção brasileira durante a passagem pelo Tricolor. Qual foi a importância do Tricolor na sua carreira?

R: Foi um dos clubes mais importantes da minha carreira, senão o mais. Apesar do momento difícil que o clube passava financeiramente, consegui me destacar e jogar pela seleção brasileira. Isso é um marco muito grande e eu devo muito ao Fluminense.

NF: Se sente um ídolo do clube ou ainda faltou algo?

R: Na verdade nunca me preocupei com questão de ser ídolo ou não. Isso é coisa de torcedor. Tenho um carinho muito grande pelo clube e recebo um carinho muito grande pelos torcedores. Fico feliz por isso. Acho que a minha época já passou como a de outros jogadores. Segue a vida e a gente tem boas lembranças do clube naquele momento.

NF: Você ficou marcado, dentre outras coisas, pela dupla de ataque que faz com Magno Alves. Ele foi o atacante que melhor casou com o seu estilo durante a sua carreira?

R: O Magnata era um jogador que a gente já se conhecia no olhar. Tínhamos várias jogadas combinadas, um posicionamento muito bom dentro do campo. Com certeza foi um baita atacante e que melhor combinou comigo no estilo, até porque foi o jogador que jogou mais tempo ao meu lado durante toda a carreira.

NF: O fato de ter jogado no Flamengo influenciou na relação da torcida do Fluminense com você?

R: Eu joguei no Flamengo, fui campeão carioca em 2007, mas a torcida do Fluminense sabe o respeito que tenho por eles. Não recebi nenhuma hostilidade antes ou agora, devido ter atuado no Flamengo. Foi uma coisa profissional somente e a torcida do Fluminense entende bem isso.

NF: Acompanha os jogos do clube no dia-a-dia ou se afastou após a aposentadoria?

R: Eu tenho uma relação com o clube, vários amigos ainda aí como o pessoal da rouparia, massagem, departamento médico e na própria diretoria, porque ainda tem pessoas que eram da nossa época. Sempre quando passa jogo na televisão, a gente fica de olho para matar um pouco as saudades.

NF: O que acha do estilo de jogo implementado por Fernando Diniz como técnico? O que achava dele como jogador?

R: Fernando é um baita amigo que eu tenho. A gente jogou juntos de três a quatro anos no Fluminense. Ele não tinha um reconhecimento, porque era um atleta que jogava muito pelo elenco, pelo coletivo. Não é surpresa pra mim a maneira dele jogar, porque ele sempre gostou de jogar com qualidade, ficar com a bola no pé e fazer um jogo mais divertido. Eu torço muito por ele, tomara que ele tenha mais sucesso ainda como treinador.

NF: Você era um atacante de velocidade. Vê algum jogador no elenco do Fluminense, hoje, com características parecidas com as suas?

R: Hoje vendo o elenco do Fluminense, vendo o time jogar, acho que o jogador que parece um pouco mais com a maneira que eu jogava é o Everaldo, porque se mexe muito, finaliza e se desloca bastante no ataque.

NF: Acha que o clube tem possibilidade de ser competitivo, mesmo sem grandes investimentos como num passado recente quando a Unimed ainda era a patrocinadora?

R: O clube vem passando por um momento difícil novamente. Eu não gosto muito de comentar sobre essas situações. A fusão com a Unimed foi boa enquanto durou, mas o Fluminense é um time de camisa, tem história e consegue sobreviver sozinho.

NF: Após pendurar as chuteiras, você passou a trabalhar intermediando venda de mandos de campo. Chegou a ter problemas financeiros com relação a um acordo que o Fluminense demorou para cumprir. Como funciona o seu trabalho hoje em dia? Já está tudo certo entre o clube e você?

R: É um trabalho que a maioria dos contratos tem confidencialidade, então a gente não gosta de ficar comentando sobre isso. Mas, com o Fluminense, graças a Deus, a gente não tem nenhum problema e nenhuma pendência.

NF: Qual mensagem mandaria para a torcida tricolor, que sempre o teve como atleta fundamental para o clube?

R: Gostaria de dizer para os torcedores que foi uma honra defender as cores do Fluminense. Uma alegria muito grande. Foi um clube em que fui muito feliz e pode ter certeza que ainda sou muito grato ao Fluminense por tudo que conquistei na minha vida profissional e pessoal também. Abraço a todos.