Kenedy desperdiçou um dos pênaltis (Foto: Nelson Perez - FFC)
Kenedy desperdiçou um dos pênaltis (Foto: Nelson Perez – FFC)

Em algum lugar, Rubens Lopes pode sorrir. Com a ajuda da arbitragem, o Botafogo venceu o Fluminense por 2 a 1 no tempo normal e por 9 a 8 nos pênaltis, neste sábado, no Engenhão, e está na final do Campeonato Carioca. Fernandes e Bill marcaram para o rival. Jean fez o do Tricolor no tempo regulamentar. Nas penalidades todos os jogadores bateram, Diego Cavalieri pegou duas, mas também teve de bater e errou, jogando por cima do gol. Gerson e Kenedy também desperdiçaram, batendo nas mãos de Renan, que também fez o último gol alvinegro.

Com a bola rolando, não demorou nem cinco minutos para que talvez dois dos principais temores dos torcedores tricolores se juntassem numa combinação para lá de prejudicial: a arbitragem e a defesa lenta em linha. Rodrigo Pimpão, em impedimento clamoroso, recebeu livre, tocou por cima de Diego Cavalieri e Fernandes, livre, empurrou para o gol vazio. A vantagem ia embora de forma relâmpago.


 
 
 

O Fluminense sentiu o baque e acusou. O Botafogo cresceu e, sem exagero, poderia ter resolvido sua vida rapidamente. O adversário passou a dominar completamente as ações da partida. O meio de campo não conseguia criar jogadas, a defesa alta dava muito espaço e na frente uma desorganização só. Ora Kenedy lutava sozinho, ora Vinícius, no desespero, também buscava. De tanto ceder campo ao rival, Bill saiu de frente para o goleiro do Flu e bateu duas vezes para ampliar.

Aos poucos, a equipe tricolor foi se recompondo e equilibrando o confronto. Gum, de cabeça após cobrança de falta de Wagner, carimbou o travessão. O camisa 10, que vinha mal e havia errado saída de bola no lance do segundo gol alvinegro, encontrou-se e, em jogada de contra-ataque, achou Kenedy livre para driblar e ser derrubado pelo goleiro Renan. Pênalti bem marcado. Na cobrança, Jean, com categoria, diminuiu pouco antes do intervalo.

Na volta para o segundo tempo, Ricardo Drubscky sacou Wagner para lançar Robert e o menino entrou com fome de bola. Logo de cara, deu bolão para Kenedy, mas o atacante se enrolou de cara para Renan e chutou longe. Pela esquerda, com a dupla Gerson/Giovanni, o Fluminense passou a incomodar muito o adversário. O panorama da primeira etapa se inverteu completamente. O Botafogo ameaçou apenas em um chute de Jobson defendido brilhantemente por Diego Cavalieri.

Quem mandava no jogo, porém, era a equipe tricolor. Gum, mais uma vez após cobrança de falta, acertou o travessão se antecipando à zaga rival e tocando de perna esquerda.

Até o fim, o jogo virou um ataque contra defesa. O Tricolor pressionava e o adversário, satisfeito em levar para os pênaltis, segurava como dava.

Na decisão por penalidades, todos tiveram que bater. Diego Cavalieri chegou a pegar duas, de Marcelo Mattos e Diego Giaretta, mas também foi obrigado a chutar. Aí, mandou por cima do gol. Kenedy e Gerson pararam nas mãos de Renan. E foi o goleiro alvinegro que fechou a conta, colocando o Botafogo na final, para a alegria da Ferj.


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