“Riram de mim quando falei que o Richard seria titular esse ano”, diz presidente do Atibaia

Alexandre Guimarães não tinha dúvidas da qualidade do volante

O sucesso de Richard neste princípio no Fluminense não surpreendeu o presidente do Atibaia-SP. Alexandre Barbosa, acostumado a fazer elogios, por vezes, exagerados aos jogadores do clube que comanda, revelou que até o gerente de futebol tricolor, Marcelo Teixeira, duvidava que o volante poderia ser titular da equipe de Abel Braga.

– O que o Richard está passando não me espanta em nada. Espanta para vocês. Eu sabia que ele iria dar certo. Tanto que no contato que fiz com o Fluminense eu falei com eles: “O Richard vai virar titular no Fluminense esse ano”. O Marcelo Teixeira riu de mim. Falou: “Você tá louco! O cara vai sair da Série A-3 para virar titular do Fluminense?”. Eu entendo que ele ache estranho. Todos achariam. Mas ele conseguiu porque tem nível técnico, tem qualidade, é bom emocionalmente e é frio para jogar – declarou o mandatário do Atibaia, em entrevista ao NETFLU, complementando:

 
 
 

– Futebol é cheio de paradigmas. “Jogador de 1,91m não pode ser volante, tem que ser zagueiro, goleiro”, dizem. Ele mostrou que não tem nada a ver. Eu vi esse cara jogando, o trouxe para o clube. Dizem que eu falo demais. Estava em uma reunião no CT ontem (segunda-feira) e comentei com a minha diretoria sobre uma matéria que se o Richard se tornasse jogador de verdade do Flu iriam fazer um estátua para o scout. O scout (Bernardo) não é muito grande, não vai gastar muito. Se ainda fosse do tamanho do Richard aí sim (risos). O Bernardo, quando veio aqui, gostou de três jogadores.

Segundo Alexandre Barbosa, ele não indicaria um jogador de nível técnico baixo, pois iria se prejudicar enquanto um homem de negócios no futebol.

– O Bernardo falou para mim que só poderia aprovar um. Disse a ele que se não aprovasse ninguém não teria problema. Ele disse que tinha gostado do Richard. Qual é a vantagem de colocar um cara de contrapeso ruim? Que grande comerciante eu sou? Eu poderia, como um cara que vendeu a vida inteira, contar uma história. Mas na hora que ele entrasse em campo, eu passaria vergonha. Então não é esse tipo de venda que vou fazer. É igual político. Você vira político e se torna ladrão. E não são todos. Mas existem tantos, que fica difícil dizer quem é honesto. Por que eu iria colocar um jogador ruim num grande? Qual benefício vou ter se ninguém vai comprar? Imagina se o Richard fosse horrível, quem iria comprar? Iria voltar para mim.