(Foto: Divulgação)

O ex-vice-presidente de projetos especiais do Fluminense, Pedro Antônio criticou a medida do presidente Pedro Abad em mudar o estatuto para antecipar as eleições, previstas para novembro de 2019. Segundo ele, o mandatário está “rasgando o estatuto”. Além disso, o ‘mecenas’ responsável pela construção do CT, acusou que existe um “acordo político” com a aliança formada por Mário Bittencourt, Ricardo Tenório e Celso Barros.

Em nota oficial enviada ao portal Globo Esporte, o triunvirato rebateu as declarações do ex-vice de projetos especiais. O trio cita o apoio de Pedro Antônio à chapa formada por Pedro Abad e Cacá Cardoso na última eleição, classifica a vitória do pleito como “estelionato eleitoral”, acusa de “fins eleitoreiros” a construção do CT, e também faz críticas à coalizão “Fluminense Unido e Forte”, grupo ao qual pertencem Cacá Cardoso e Diogo Bueno, e que deve apoiar o ‘mecenas’ na próxima disputa presidencial.


 
 
 

Confira a nota do triunvirato: 

“VOCÊ NÃO PODE VOLTAR ATRÁS E FAZER UM NOVO COMEÇO, MAS PODE COMEÇAR AGORA E FAZER UM NOVO FIM”

Chico Xavier

Abad tentou evitar a culpa por sua participação nas mentiras que o levaram a vencer a última eleição. Não conseguiu. Não podendo voltar atrás, pretende fazer um novo fim.

Pois esse movimento do presidente do Fluminense fez com que, nos últimos dias, um grupo político que tenta tomar o poder a qualquer preço, começasse a repetir de forma insistente uma insinuação de que nosso grupo (Ricardo Tenório, Celso Barros e Mário Bittencourt) tem alguma ligação com o desgastado Pedro Abad. Usam de uma técnica de comunicação política que é aproximar o oponente da figura mais execrada pelo eleitorado. É o jogo da política tradicional, velha, feia, suja. Uma forma de agir que não deveria nunca ter se aproximado das Laranjeiras, mas infelizmente se infiltrou e conseguiu vencer as eleições passadas. Deu no que deu.

Agora, em entrevista ao Globo Esporte.com, Pedro Antônio repete a ladainha. Diz que haveria alguma ligação nossa com Abad. Jogo sujo, feio. Certamente contaminado pelos ambientes políticos que ele próprio frequenta, já que vem da política tradicional, onde orbitou políticos de má fama. Pois ele estava lá, na fotografia, quando foi perpetrado um verdadeiro estelionato eleitoral pela Flusócio, e aliados de conveniência arregimentados de última hora para vencer um pleito a qualquer custo, a qualquer preço.

Participaram dessa trama regida por Peter Siemsen os senhores Pedro Abad, Pedro Antônio, Cacá Cardoso e Diogo Bueno, como co-protagonistas. Em meio a acertos de ordem ainda desconhecida, se uniram à Flusócio e praticaram um antiético e descarado conchavo, com propósito claro: não perderem o poder no Fluminense, talvez pensando em projeção, seguidores, fama e plataformas para almejar cargos públicos. A fama os embriaga. Pedro Antônio, inclusive, passou a usar um capacete branco com o escudo do clube para liga-lo à obra que, imaginava, o consagraria como mecenas, se não fossem reveladas as vantajosas condições do empréstimo que fez ao clube e o fracasso da construção de um CT inacabado e mal planejado. Vejam a que ponto chega a vaidade de uma pessoa. Fez até exigências de que o CT recebesse seu nome, passando por cima de figuras muito mais importantes na história do clube.

O resultado dessa noite de horror que patrocinaram é que destruíram o clube. Arruinaram a reputação do Fluminense. Apequenaram-no. E pularam fora, pouco a pouco. Todos. Renúncia seguida de renúncia. Covardemente abandonaram o Fluminense.

Pedro Antônio largou a VP de Assuntos Estratégicos para, em seguida, renunciar ao Conselho Deliberativo mas não antes de cumprir seu acordo político com Peter e Abad de aprovar as contas destas gestão catastrófica. Percebendo o erro eleitoral, tenta dizer agora que não conhece as contas que defendeu do alto da tribuna no Salão Nobre. Cacá Cardoso, por sua vez, desrespeitou os votos que recebeu. Renunciou estapafurdiamente para tentar emparedar o presidente. Coisa de republiqueta de bananas. Bueno deu o maior dos prejuízos ao Fluminense ao liderar a malsinada demissão pelo WhatsApp, demonstrando total inapetência para a gestão de um clube de futebol, onde os atletas são o ativo mais valioso e a reputação do clube uma garantia preciosa no disputado mercado de talentos.

Por fim, há Abad. Não deve sair de sua cabeça o estelionato eleitoral perpetrado por seu grupo. Pouco mais de dois anos após, confessa a sua péssima gestão. Sua confissão vem por meio de uma antecipada eleição. Também quer se livrar da catástrofe que patrocinou. Ao menos quer sair com o consenso do associado, que não o suporta mais. Sairá pela porta da frente? Quem sabe? O tempo dirá.

Quanto às declarações de hoje de Pedro Antônio, o que poderíamos esperar dele? Pedro Antônio se tornou sócio do Fluminense após os 60 e poucos anos de idade e durante a gestão Peter. Estranho, não? Sua paixão sempre foi o golf e nunca o futebol e sua aproximação com o clube se deu justamente quando Peter tentou comprar seu campo de golf no recreio e PA não vendeu. Pediu um preço mais alto do que o clube poderia pagar.

Fez pior. Valorizou o terreno, vendeu por um preço maior para um terceiro e emprestou o mesmo dinheiro a juros ao clube para construção de um CT com fins eleitoreiros que até hoje não possui luz e água. E não apresenta mínimas condições de segurança aos jogadores.

Aliás, na fila de votação em 2016, Pedro Antônio chantageou os eleitores dizendo que em caso de derrota de Abad pararia as obras do CT. O Fluminense para ele é um jogo e não o clube que ele ama.

Sobre a reunião ocorrida semana passada o posicionamento dele foi claro, ou seja, era a favor das eleições antecipadas desde que com mandato tampão. Sua sugestão previa “fritar” um presidente em 8 meses para poder concorrer soberano em novembro. Sua vontade pessoal acima do Fluminense sempre, assim como ele fez tentando mudar o estatuto para poder se candidatar antes de possuir o tempo suficiente para tal. Agora, muda de posição tentando enganar o torcedor como já fez numa recente carta onde apos aprovar as contas de Peter e Flusócio, renunciou e alegou que não se envolveria mais na política do clube.

Para Pedro Antônio e para os outros que perpetraram o estelionato eleitoral, o Fluminense não é paixão. É um jogo jogado. Pularam do barco, deixaram o Abad sozinho e se juntaram num único bloco: Pedro Antônio, Caca, Diogo Bueno e a famigerada Vanguarda Tricolor, que com vergonha de sua nefasta história de nível C, mudou o nome para FUF e tenta se perpetuar no poder agora com Pedro Antônio à frente.

O que essa gente talvez não saiba que o Fluminense é eterno. Imortal. Seus milhões de apaixonados torcedores jamais permitirão sua ruína. Assim como não deixarão que os covardões retomem o comando do Flu. Eles que renunciaram que fiquem longe do clube. E entendam que isso não é um “vale tudo”. Aqui é Fluminense.