22_ZOOMNoite para esquecer, onde a soberba foi engolida pela perseverança do América-RN. Em dia sem brilho das principais estrelas do Flu, exceto Cícero, os visitantes aplicaram 5 a 2 no Time de Guerreiros, eliminando a equipe da Copa do Brasil.

O Tricolor das Laranjeira tomou as rédeas da partida. Ignorando a vantagem dos três gols, os comandados de Cristóvão Borges mantiveram a postura dos últimos jogos, iniciando a partida marcando sob pressão. Em menos de quatro minutos, duas chegadas importantes na área da equipe rival, arrancando o grito de “quase” do torcedor nas arquibancadas. Apesar do ímpeto do começo, a primeira chance real de gol foi do América. Marcelinho, mesmo cercado por alguns marcadores, conseguiu limpar o lance, próximo da entrada da área, e encheu o pé. Apesar da rendondinha ir na direção do meio do gol, Cavalieri, de mão trocada, catou borboletas.

 
 
 

A partir do gol, o jogo ficou mais truncado. Cauteloso, o Time de Guerreiros não abdicava do ataque, mas se resguardava de forma incisiva. Malandro, o América esperava por mais uma bola, visando ampliar. Aos 26 da etapa inicial, Sobis descolou bom passe, entre as pernas do marcador, para Bruno. Pela ponta direita, o lateral cruzou no segundo pau, para Cícero cabecear firme. Bem posicionado, Fernando Henrique, velho conhecido da torcida, fez a defesa sem sustos.

O Time de Guerreiros pareceu ter acordado depois desse lance. Agora, na outra ponta, pelo lado esquerdo, aos 31 minutos, Carlinhos, já quase na bandeira de escanteio, deixou o zagueiro na saudade e cruzou de direita. Novamente se aproximando bem, Cícero cabeceou para o canto e bola passou perto. No ataque seguinte, Cícero fez o papel de garçom, achando Fred. Abusando da categoria, o atacante dominou, esperou a saída de Fernando Henrique e mandou no contrapé do arqueiro. Lindo, lindo! A porteira abriu. Cinco minutos depois, a virada: após escorar cruzamento, Chiquinho vê o FH fazendo espalmando para o lado, porém, o esperto Cícero estava lá, para mandar para o fundo do barbante, levando o duelo para o 2 a 1. Antes do apito final, Fred choca seu joelho com o joelho de um atleta do América e sente.

Na segunda etapa, Walter entra no lugar de Fred. O Tricolor parece meio dorminhoco e, rapidamente, sofre o castigo pelos pés de Max. Aos 5 minutos, depois de uma tabela, Max recebe livre, se aproveitando da erro de posicionamento do sistema defensivo do Flu, espera Cavalieri escolher o canto e dá um “totó” suficiente para “matar” o arqueiro. Tudo igual no placar novamente. Com 15 minutos da etapa final jogados, Max quase faz o vira-vira. Preocupado, Cristóvão botou seu jogador mais técnico em campo, Conca, tirando Rafael Sobis, que pouco apareceu no confronto.

A Copa do Mundo acabou deixando o nosso goleiro mal acostumado. Tentando imitar Neuer, o arqueiro saiu da área, visando cortar lançamento para Alfredo. Arisco, o jogador do América-RN leva vantagem na dividida e só tem o trabalho de empurrar para as redes, fazendo 3 a 2, aos 31 da segunda etapa. Dois minutos depois, quase sai o quarto gol americano em dois lances: primeiro o Elivélton tira a bola quase em cima da linha, depois de Cavalieri ser encoberto. Depois, no escanteio, após desvio do ataque do America-RN, a bola trisca na trave. Mas, amigos, o desespero estava por vir: num novo escanteio, Alfredo sobre sozinho, a bola bate na trave e, na sobra, ele mesmo manda pro gol. O quarto do América. A defesa reserva do Flu esperneava por clemência, enquanto os torcedores vaiavam e sofriam nas arquibancadas. Elivélton, por pouco, mas beeeeem pouco, não entrega o ouro aos 42. Era um Deus nos acuda!

Aos 45 minutos, depois de uma bobeira de Jean, que foi proteger uma bola, ao invés de dar um bico, Pimpão foi esperto, se antecipou e mandou no canto de Cavalieri. Cena inacreditável! No último lance, Conca diminuiu, mas Fernando Henrique salvou. O árbitro, sequer, esperou a cobrança do escanteio, encerrando o jogo, num dia negro para a história do Tricolor.


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