Fala galera!

 
 
 

De volta à coluna para escrever sobre o nosso querido e histórico mascote, o Cartola. Esse mesmo que recebeu no Maracanã um dos maiores craques que já vestiu a camisa do Fluminense, o Deco.

Só para lembrar um pouco de como nasceu o Cartola, no início do século passado, foi idealizado pelo caricaturista argentino Lorenzo Mollas. De fraque, elegante, o mascote passava a imagem da aristocracia tricolor. O Fluminense foi fundado em 1902 por cidadãos, na época, mais influentes da elite carioca. Faz parte da nossa história.

Cartola e o Urubu medindo forças numa mesa de bar

Ao longo dos anos, o Cartola foi ganhando inúmeras “versões”. Do Cartolinha ao mascote forte, que duela com o Urubu do Flamengo. Aos poucos, foi se livrando da imagem pejorativa, que poderia passar a impressão de superioridade dos tricolores. Em campo, muitas vezes, mas fora dele, isso não existe mais. O Fluminense é e precisa ainda mais se tornar um time do povo. Ao contrário do nosso maior rival, o Fla, que está elitizando as suas arquibancadas.

Me lembro bem de ir aos jogos no Maraca no final dos anos 90 e início dos anos 2000, quando comecei a acompanhar com frequência o Fluminense. Lá com meus 14 anos ver o Cartola animando crianças e adultos. Tinha também uma versão inflável do mascote que ficava de pé atrás do gol durante os jogos. Era uma relação muito forte, representava o clube e torcida.

Mascotes do Brasil

Nas peças publicitárias das competições ou jornais, quando exibem os mascotes de todos os clubes, lá está o nosso Cartola. Ele jovenzinho ou adulto, misturado com os ícones das outras agremiações. Não é difícil lembrar do saci do Internacional, o santo do São Paulo. A baleia, do Santos e o do Atlético Mineiro, talvez o mais representativo, o Galo.

Qualquer torcedor do Fluminense ou adversário, se bater o olho, sabe que o Cartola nos representa. Mas, infelizmente, de 2016 em diante, ele foi aposentado pela diretoria. No lugar dele entrou o Guerreirinho. Uma versão mais infantil adaptada do Cartola, isso é verdade, com referência ao título de Time de Guerreiros, adotado após nos livrarmos do rebaixamento em 2009 de forma heroica.

Penso que é um grande erro, mas que ainda pode ser reparado. O Guerreirinho é legal, bonitinho, mas só atinge as crianças. Tanto que ele pode ser contratado para animação de festas infantis. Por que não uma dupla? O Cartola e o Guerreirinho. No Cruzeiro é muito comum ver a Raposa e o Raposinho entrando em campo com o time. Atingiríamos todas as faixas de idade da nossa torcida. Da molecada ao idoso que ainda vai ao Maracanã com o radinho de pilha no ouvido. O Cartola precisa deixar a aposentadoria.

A nossa mascote tem uma identificação tão forte que até na pele dos tricolores ele está gravado. Penso que ninguém vai tatuar o Guerreirinho um dia. Se alguém já fez, me surpreenderia. E muito! Quem quiser “fazer um Google”, vai achar centenas de tricolores tatuados com o mascote oficial do clube.

Mascote e os escudos tricolores (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Cartola Tricolor tatuado (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

 

E você, concorda que o Cartola não pode ser esquecido pelo Fluminense? Como dizia o personagem Sinhozinho Malta, de Lima Duarte, tô certo ou tô errado? Dê a sua opinião nos comentários.

Saudações!