Grupo pediu, ainda, apuração e punição dos responsáveis pela pichação nas Laranjeiras

Diante da notícia de que torcidas organizadas do Fluminense afirmaram ter sido procuradas por dois grupos de oposição para protestar quanto ao momento do time, o Movimento de Renovação 21 de julho publicou nota oficial em sua página no Facebook negando ser um deles. O MR21, na publicação, ainda pede a apuração e punição dos envolvidos com a pichação do muro das Laranjeiras após a derrota para o Santos.

Veja a íntegra da publicação do grupo:

 
 
 

“Considerando a notícia publicada na data de hoje pelo jornal Lance!, reportando uma suposta participação de dois grupos políticos nos atos que resultaram na pichação de cobranças à atual gestão nos muros da sede das Laranjeiras, o MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO 21 DE JULHO, no uso de suas atribuições, vem esclarecer não possuir qualquer envolvimento nos atos ocorridos.

Diante do exposto, suplicamos à diretoria do clube que não meça esforços para identificar os responsáveis, uma vez que é do nosso mais absoluto interesse que esta questão seja devidamente esclarecida e que os supostos responsáveis, se verdadeira a acusação reportada no citado jornal, sejam apresentados aos torcedores e imediatamente punidos.

Sugerimos, ainda, que esta gestão se aproveite do bom relacionamento mantido com o jornal LANCE!, antigo local de trabalho de 4 profissionais atualmente envolvidos com a assessoria de imprensa do clube, incluindo Sergio Arêas, atualmente Coordenador de Comunicação do clube e antigo Editor do jornal, para que todos os detalhes do fato reportado possam ser devidamente esclarecidos.

Temos a mais completa e absoluta certeza que o repórter responsável pela informação veiculada, o Sr. Igor Siqueira, em razão do devido cuidado e respeito exigidos pela profissão, apurou todos os detalhes antes de publicar a notícia e deve ter provas suficientes quanto ao ocorrido, podendo prestar os esclarecimentos necessários, uma vez que a matéria é de interesse do clube.

Infelizmente, a utilização de termos vagos, tais quais “Membros de uma torcida organizada do Fluminense”, “integrantes de dois grupos de oposição” ou, ainda, “finalidade de serem incentivados a protestarem”, não apenas impedem qualquer conclusão, como ainda atingem a credibilidade da reportagem e, principalmente, acarretam em uma perigosa generalização acerca da oposição que se forma no clube.

Neste sentido, repudiamos toda e qualquer manifestação generalista, principalmente quando perpetrada por pessoas que se colocam na condição de pré-candidatos ao pleito vindouro, deixando claro, desde já, que o MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO 21 DE JULHO, ao contrário de outras manifestações políticas presentes no clube, fundamenta sua atividade na transparência, democracia e, principalmente, na necessidade do debate de idéias em favor do Fluminense Football Club.

Tanto assim que foi o grupo pioneiro na tentativa de direcionarmos as eleições de novembro para a formação de uma Chapa Única, na qual todos os grupos poderiam atuar em favor dos interesses do Fluminense Football Club.

De toda forma, entendemos como legítimas as manifestações de cobrança apresentadas à atual diretoria, as quais enxergamos como conseqüências de uma política que não respeita as tradições esportivas do clube e coloca o futebol em segundo plano.
Lamentamos, ainda, que tal questão seja utilizada de forma política pelo grupo que representa a base de sustentação da atual gestão, ao invés de reconhecer nas mesmas demandas da própria torcida, na continuidade de uma vil política de transferência de responsabilidade, uma de suas características fundamentais.

Afinal, não foi a oposição a responsável pela venda do maior ídolo do clube nos últimos 30 anos ou pela contratação de uma aposta ao valor de 10 milhões de reais. Não foi a oposição que rescindiu contrato com uma das maiores empresas de material esportivo do mundo sem mensurar os riscos de contratação com uma empresa sem qualquer histórico no mercado. Não foi a oposição que fracassou na tentativa de obtenção de um patrocinador Master, mesmo após conceder as mangas da camisa de graça por mais de um ano à Vitton 44. Não foi a oposição que montou o fracassado elenco ou que deixou de tomar as medidas necessárias para que tivéssemos um local para jogar nossas partidas.

Não foi a oposição que cometeu os erros que causaram revolta em torcedores ao ponto de serem feitas as cobranças que hoje são direcionadas à atual diretoria.

Por fim, suplicamos que a atual gestão e seus apoiadores encerrem as desesperadas tentativas de tornar todos os problemas existentes (e são muitos) como uma questão da oposição, e comecem a trabalhar ativamente pelo bem do Fluminense, para que o Sr. Peter Eduardo Siemsen não se torne o primeiro presidente da história do clube a rebaixá-lo por duas oportunidades.”