O Fluminense voltou de Curitiba amargando um empate com sabor de derrota. A falta de pontaria dos jogadores tricolores cobrou o preço de tanta desarmonia com os pés e com a cabeça. Ao todo, o time perdeu pelo menos seis dos chamados gols imperdíveis.

O 1 a 1 com o Coxa teve ainda um agravante: o Flu jogou com um atleta a mais desde os 40 minutos do primeiro tempo, depois que Kléber Gladiador foi expulso, por ofensa ao árbitro.

 
 
 

O jogador, que havia fissurado o pé no dia 2 de setembro, não jogava havia 50 dias. Ficou um minuto em campo e permanecerá sem atuar no Brasileiro por pelo menos mais duas semanas. Kléber pertence àquela linhagem de jogadores com talento nos pés, mas que jogam a carreira fora por não ter uma cabeça boa.

Giovanni e Marco Júnior mostraram, nos minutos finais da partida, que também não a têm. Frente a frente com o goleiro, jogaram fora não a carreira, mas a possibilidade de o Flu voltar a ter pontuação de G6, igualando-se ao Corinthians, com 49, embora o Atlético-PR possa ainda superá-lo na noite desta segunda-feira.

A seis rodadas do fim, o Fluminense joga em casa contra Vitória (nesta sexta, às 19h30, na volta ao Maracanã), Atlético-PR (confronto direto) e Internacional (na última rodada). Vencendo estes três, chega a 56 pontos.

Não deverão ser suficientes. Precisará, por isso, vencer pelo menos mais uma vez fora, contra Cruzeiro (que poderá escalar reservas, priorizando a Copa do Brasil), Ponte Preta (dependendo de como a Macaca estiver até lá, também um confronto direto) e Figueirense (que tem boas possibilidades de já chegar rebaixado à penúltima rodada).

A missão, ao pé da letra, não seria difícil, não primasse o Fluminense pela irregularidade desde o começo da competição. Vale lembrar que até o sétimo lugar poderá dar ao Tricolor uma vaga na sua sétima Libertadores, desde que o Atlético-MG, já praticamente garantido na Taça, vença a Copa do Brasil, ou mesmo o Grêmio, caso ele também termine entre os seis primeiros do Brasileiro.

Cabe ao próprio Fluminense decidir o que projetará para ele neste fim de ano. Contra o Coxa, Levir bobeou ao não escalar mais um jogador de frente quando tirou Douglas, no intervalo. Mesmo com Marquinho, o time perdeu muitos gols.

Na volta ao Rio, o Flu trouxe na boca um gosto amargo, e na bagagem, a lição do que não deverá ser feito nas últimas rodadas do Brasileirão.

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Leia também “Sobram reclamações”, artigo deste colunista no Blog Terno e Gravatinha, há dez anos no ar. Curta ainda a fanpage do blog, clicando aqui.