Empate com o Coritiba manteve o Fluminense na nona colocação do Brasileiro (Foto: Mailson Santana - FFC)

Se por algum milagre o Fluminense arrancar nas rodadas finais e terminar no G6 do Campeonato Brasileiro, será um feito para se louvar de joelhos. Mais uma vez, a equipe tricolor teve uma partida nas mãos, mas colocou tudo a perder. Na noite deste domingo, vencia o Coritiba por 1 a 0 no Couto Pereira e, mesmo com um jogador a mais, cedeu o empate por 1 a 1. Imperdoável, inaceitável. Uma vergonha!

Depois de perder três vezes seguidas, o Fluminense entrou com uma formação diferente e que poderia sugerir uma postura mais defensiva. Afinal, a opção pelo volante Douglas de início no lugar do atacante Marcos Junior dá a entender justamente isso. Na prática, não foi bem assim… Com mais um jogador na marcação, Cícero foi capaz de ajudar Gustavo Scarpa na criação das jogadas, dificultando a marcação do Coritiba.

 
 
 

Os dois times faziam um belo jogo, movimentado, mas de poucas chances até Richarlison, que imprimia uma correria danada lá na frente sempre que acionado, sofreu falta na entrada da área. Um mini-córner pela direita perfeito para o canhoto Gustavo Scarpa chuveirar na área. Dito e feito. Na cobrança, bola na cabeça do predestinado Gum e gol do zagueiro, amado e odiado, em seu 350º jogo com a camisa do Fluzão.

Com a defesa tricolor bem postada e dando poucos espaços, sobrava ao Coritiba as bolas longas e chutes de fora da área. Assim, ameaçou num belo lançamento de Raphael Veiga para Leandro mandar por cima do gol e numa bomba de Juninho de longe. Vendo seu time em dificuldades, o técnico Paulo Cesar Carpegiani fez duas alterações ainda no primeiro tempo. Uma delas foi Kleber e o atacante teve participação relâmpago. Cometeu uma falta normal em Wellington Silva, mas, logo após a marcação, mandou o árbitro Raphael Klaus tomar num num lugar desagradável e foi expulso diretamente.

Em vantagem numérica e no marcador, o Fluminense voltou para o segundo tempo com um latifúndio de espaço em seu campo ofensivo. Foram precisos cerca de dez minutos para a equipe comandada por Levir Culpi perder três oportunidades claríssimas de gol. Na mais impressionante delas, Wellington driblou o marcador e, de frente para o goleiro Wilson, bateu por cima. Aí, infelizmente, entrou em campo a velha máxima do futebol… “Quem não faz, leva”. Num belo passe de Kazin, Leandro saiu cara a cara com Júlio César e ensinou aos atacantes tricolores como se faz. Caixa e tudo igual no placar. Pra quem perseguia o G6, falha imperdoável.

No fim, o Fluminense ainda perdeu mais duas chances claras para marcar. Giovanni, de cabeça, mandou para fora praticamente da pequena área. Marcos Junior, também em cabeçada, acertou a trave. Na próxima sexta, pega o Vitória no Maracanã, mas como convocar a torcida de maneira convincente a acompanhar de perto esses pipoqueiros?

O Fluminense jogou com: Júlio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e Giovanni; Pierre, Douglas (Marquinho), Cícero e Gustavo Scarpa; Wellington (Marcos Junior) e Richarlison (Magno Alves).