(Foto: Lucas Merçon - FFC)

No episódio 25 do podcast “Posse de Bola”, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam as consequências da pandemia do novo coronavírus no futebol brasileiro, com questões como o calendário, times que terão mais dificuldades no retorno das competições devido a questões financeiras, além da influência da interrupção nos trabalhos desenvolvidos pelos técnicos nos clubes.

Para Mauro Cezar Pereira, no momento em que houver o retorno das competições, os clubes mais estruturados e em melhores condições financeiras, como o Flamengo e o Palmeiras, por exemplo, devem superar mais facilmente o período de paralisação do que outros endividados.

 
 
 

– Não tenha dúvida disso, o que vai acontecer na sociedade, vai acontecer no futebol. Quem tem dinheiro para suportar passar por essa tempestade, vai chegar no final dela em condições melhores do que quem está se afogando – afirma Mauro.

Na parte esportiva, a interrupção pode ter sido benéfica para trabalhos que não vinham dando certo, como o de Tiago Nunes no Corinthinans, que se mantém no cargo, além do Cruzeiro e do Vasco, que demitiram seus respectivos agora ex-treinadores Adilson Batista e Abel Braga. O Flu, por sua vez, manteria o técnico naturalmente.

– A paralisação tardia, a meu ver, do futebol, foi muito benéfica para todo mundo, para o Corinthians, para o Tiago (Nunes), para a Fiel torcida, porque evitou-se um vexame, estar num grupo com Guarani e Bragantino, eles irem adiante e o Corinthians não. Na mesma situação, ou em situação semelhante, estão o Cruzeiro, que também não estava se classificando no Mineirinho, o Vasco no Carioquinha”, afirma Juca Kfouri, que vê o treinador são-paulino Fernando Diniz como o grande prejudicado, opinião da qual Arnaldo Ribeiro discorda.