O Conselho Deliberativo (CDel) do Fluminense vai votar o orçamento para 2021 no dia 29 de dezembro, como o NETFLU antecipou na última semana. Devido à estrutura do CDel, o documento será aprovado pela grande maioria dos integrantes, como demonstração de apoio à gestão Mário Bittencourt.

Formado em grande parte por apoiadores do atual presidente, o conselho vai apreciar os argumentos contidos nas projeções para 2021, apesar de alguns pontos mais polêmicos, que também deverão ser levantados por poucos nomes na reunião do CDel.

Para entender algumas dessas questão: no documento, há previsto R$ 19 milhões de receita de bilheterias, apesar de ainda não haver sinalização da retomada de jogos com público no Brasil. Há também a projeção de R$ 34,7 milhões em patrocínios/royalties, apesar das incertezas do mercado, incluindo a falta de um patrocínio master. Além disso, são esperados R$ 11 milhões em arrecadação com programa de sócio-torcedor, sendo que o novo, que seria lançado neste ano, não tem previsão para tal, e R$ 38 milhões em premiações.

Outra questão que deve ser levantada é como o Tricolor conseguirá R$ 10 milhões em incentivos para os Esportes Olímpicos, se o clube não possui a Certidão Negativa de Débitos (CNDs). O orçamento projeta ainda R$ 85 milhões arrecadados em negociação de atletas, apesar de não ter faturado nem metade deste valor em 2020.

A proposta não apresenta o comparativo com o ano anterior, tampouco houve a exposição do fluxo de receitas e despesas ao longo do ano, como era de costuma nos documentos anteriores.

Por fim, dúvidas relacionadas à questão tributária em cima de permutas e nenhuma menção ao Maracanã também devem ser pauta, mesmo com todos já entendendo que a cerimônia será um rito protocolar. O Flu pondera, por exemplo, em previsões esportivas, mas arrisca em bilheteria imaginando arrecadar R$ 20 milhões.