(Foto: Divulgação/CBF)

Dados apresentados pelo Relatório Convocados XP sobre as finanças dos clubes brasileiros em 2021 mostram a concentração das receitas da Série A nas mãos de Flamengo e Palmeiras. Os clubes tiveram crescimento no ano passado. O total de receitas passou de R$ 154 milhões para R$ 506 milhões na comparação com 2020.

O Flamengo, com R$ 1,054 bilhão, e o Palmeiras, com R$ 911 milhões ocupam as primeiras posições e concentram quase um terço da soma dos demais da Série A.

 
 
 

No relatório apresentado pela XP em parceria com a consultoria Convocados mostra que a receita geral dos clubes da Série A foi de R$6,6 bi em 2021, crescimento de apenas 1% nos últimos três anos. Os dados mostram que a composição das receitas totais dos clubes da Série A foi formada por Direitos de Transmissão (R$ 3,4 bilhões); Publicidade (R$ 1,06 bilhão); Negociação de Atletas (R$ 1,15 bilhão), Bilheteria (R$ 435 milhões) e outros (R$ 430 milhões). A fatia dos Direitos de Transmissão em 2021 sofreu um impacto das finais da Copa do Brasil e Libertadores de 2020, pagas em 2021, além do acúmulo de dois Mundiais e da premiação do Campeonato Brasileiro.

— O crescimento da receita em 2021 ainda que pequeno, é uma boa notícia, mas também um sinal de alerta aos clubes: as receitas com negociação de atletas estão mudando e serão cada vez menos uma tábua de salvação para clubes em dificuldades – comentou Cesar Grafietti, sócio da consultoria Convocados, complementando:

— Estamos vendo surgir novas fontes potenciais de receitas, como produção de conteúdo, apostas, games, dentre outros. Mais do que nunca, novas alternativas de relacionamento com um torcedor que quer estar mais próximo será vital para os clubes no longo prazo, considerando um crescimento marginal de receitas previsto até 2024.

De acordo com o levantamento, ainda, a negociação de jogadores é a segunda principal fonte de receitas dos clubes, representa cerca de 18% do total. No entanto, as negociações de atletas que ultrapassam 25% das receitas denotam dependência de algo incerto e, as que ficam abaixo de 10% podem revelar problemas na formação de atletas de interesse externo. A principal fonte de receitas é dos Direitos de Transmissão com 53% do total; Publicidade e Marketing atingiram 16% do total, passando de 1,4% do investimento publicitário no Brasil em 2020 para 2% em 2021.