Na última quinta-feira, em entrevista ao portal Globoesporte.com, o ex-vice de futebol do clube, Sandro Lima, desligado de seu cargo, na temporada passada, ao ser divulgado que ele mantinha relações comerciais com a Unimed, detonou a Flusócio. Dentre outras coisas, o ex-dirigente listou uma sucessão erros que seriam advindos da falta de planejamento, capitaneado pelo grupo.
Confira abaixo a posição do grupo divulgada em seu blog:
1. Sobre a parceria com a Unimed, entendemos que se trata de uma relação comercial de sucesso, e que passa por um natural processo de renegociação. Não há que se politizar nem dramatizar essa questão. Desejamos que a Unimed fique, e com um contrato bom para ambas as partes. Bom negócio é aquele que agrada aos dois lados.
2. Sobre a comparação das situações do ex-VP e do atual, Dr. Mário Bittencourt, de que seriam “semelhantes” e por isso teria faltado ética dos conselheiros na aprovação do segundo, relembramos que Sandro Lima recebia através de contratos com a cooperativa e que, conforme imagem-recorte do contrato publicada no site UOL em 10/09/2013, constava “fornecer todas as informações necessárias à adoção de providências pela contratante [Unimed] junto aos licenciados e patrocinados desta”. A assunção de um cargo político no Conselho Diretor no Fluminense com explícito interesse em defender os interesses de terceiros na relação comercial tem claro conflito ético e de interesses. O atual VP, por outro lado, recebe através de sua empresa por um contrato com o próprio Fluminense (!) que visa defender os interesses do clube na área jurídica. No caso do ex-VP, era um contrato oculto, negado por ele inclusive. Situações bem diferentes.
3. Sobre a afirmação de que a Flusócio “pressiona” o presidente Peter Siemsen, entendemos que o Conselho Deliberativo, órgão constituído e legitimado pelo voto do associado e poder soberano do clube conforme o art.20 do Estatuto tem o dever de acompanhar, fiscalizar e defender os interesses do Fluminense. A Flusócio não possui poderes de ingerência no clube, porém, sempre que entendermos que a gestão precise de melhoria em alguma área, alertaremos o presidente, membros do Conselho Diretor ou profissionais executivos, apontando os problemas e oferecendo soluções viáveis. A isso não chamamos pressão, mas sim responsabilidade.
4. A lista de erros da gestão apontada na entrevista curiosamente apresenta pontos criticados também pela Flusócio, a maioria tendo sido a partir de decisões do Presidente – elogiado por Sandro Lima na própria entrevista – e outros devido a problemas financeiros conjunturais, como as penhoras das cotas de TV que o Fluminense foi subtraído seguidamente durante 2 anos, por conta de apropriações indébitas do ex-presidente Horcades no período 2007-2010, deixando o clube sem condições de honrar seus compromissos correntes e ainda investir mais em marketing e na construção do CT.