A ponta de inveja de jornalistas de alguns portais (“de onde sai tanto dinheiro?”, “como investe forte em tempo de crise e sem Unimed?” etc) tem uma parte de preocupação pertinente: a conta vai fechar? O fôlego financeiro ganho com as vendas de Gerson, Kenedy, Biro Biro, a entrada no PROFUT e novas fontes de receitas como a Dry World vão garantir o cumprimento dos custos?
A estratégia financeira do clube parece caminhar ao lado de um time de ponta, desejo antigo após tantos apertos e sufoco com a saída da Unimed. Por outro lado, é preciso lembrar de gastos pesados, alguns previstos e outros ainda recorrentes: a folha salarial terá um aumento substancial por conta dos salários dos novos contratados, aumentos previstos para Jean, Cavalieri e Gum e ainda a manutenção, por enquanto temporária (já que os atletas sequer viajaram aos EUA), de Antonio Carlos, Magno Alves, Henrique “francês” e outros jogadores sem mercado. Empréstimos com o Fluminense pagando parte dos salários não são a solução ideal porque permanecem gerando custos mensais, como aconteceu no caso de Wellington Paulista. Além disso, vale lembrar que um ano praticamente sem Maracanã pode ter impacto significativo nas receitas de bilheteria e com sócios-torcedores.
Nos últimos anos, o time sofreu oscilações e turbulências justamente nos períodos em que houve problemas com atrasos de salários e outros pagamentos. Para o novo (e forte elenco) funcionar, portanto, a conta precisa fechar.