Abel viveu situação complicadíssima na Ponte em 2003 e considera atual ainda mais complicada (Foto: Nelson Perez - FFC)

O Fluminense perdeu seus dois jogos seguidos fora de casa no Campeonato Brasileiro, contra Cruzeiro e Corinthians. Ambos os adversários figuram em posições superiores e foram campeões nacionais (o primeiro da Copa do Brasil e o segundo do Brasileirão). Por mais que fosse azarão, Abel Braga não aceita ambos os resultados como se já fossem esperados. O técnico viu jogos equilibrados e cita até a influência clara da arbitragem no revés frente a Raposa no Mineirão. Ele ainda confessa estar fazendo um dos trabalhos mais difíceis de sua carreira, até mais do que em 2003 na Ponte Preta, quando lutou até a última rodada para não cair, com debandada de jogadores em virtude de salários atrasados.

– Perder para o Cruzeiro é o contrário. Não tem resultado esperado. O Avaí foi lá e empatou. Saímos na frente, como aqui. Não dá pra dizer que foi mal escalado, que jogou mal. Aconteceram falhas no jogo passado. Não dá para acreditar a forma que meu lateral (Marlon) pegou segundo amarelo no jogo passado. Revê a imagem do primeiro amarelo, por favor. A falta é ao contrário. A segunda tá de costas para a bola. Ali teve a expulsão, a desconcentração, porque ficamos três minutos reclamando. Porque o bandeira falou que a bola entrou direto. Ficou aquela polêmica toda. Não adianta. Não tem resultado esperado. Temos de entrar em campo e fazer o nosso melhor. É uma situação complicada. Temos de fazer a nossa parte. Conheço a Ponte (próximo adversário), é um time guerreiro. Será importante uma presença maciça do nosso torcedor (no Maracanã). Se sairmos desse momento, será uma vitória. Não tive um momento tão complicado, nem aquele ano na Ponte (em 2003), perdendo 13 jogadores, o trabalho foi tão difícil – comentou.