Brigando na Justiça com o Fluminense, para conseguir a rescisão indireta do contrato, Scarpa não se apresentou, nem deu satisfação ao clube. Já considerado “carta fora do baralho”, a postura do atleta, que busca seus direitos, deixou o técnico Abel Braga chateado.

– O jogador, como qualquer trabalhador, tem de receber o salário. Agora, existem situações que podem ser esclarecidas dentro de uma verdade real. E ela é que o clube busca o rumo correto, que possa respeitar o status e a tradição do Fluminense. As coisas foram surpreendentes, para mim ainda mais. O que me deixou ressentido foi o fato de ele não ter me ligado. Ele poderia ter me ligado. Isso não consegui entender. Eu até o havia colocado como capitão, condição para mim que não é só cara e cora. É representar o treinador no campo. Ele não me telefonou. Não posso me aprofundar, ser leviano. O que sei é o que ouço aqui. Não ouvi o outro lado. Estou a par até a metade – frisou.

 
 
 

Para Abelão, que fez questão de enaltecer o atleta, independente das questões financeiras, a relação com o clube deve ser diferenciada.

– O clube sempre merece um carinho diferente. Scarpa recebeu esse carinho. Do clube e do torcedor. A situação, como tem sida exposta, está confusa. A gente sabe que tem vários clubes interessados, pela qualidade. O motivo da atitude é que ainda não entendemos. Ele é um jogador fantástico, que todo mundo quer. São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Atlético-MG. Ele não é comum. O que me entristeceu foi a maneira. Ele tem intelecto muito bom, entende os momentos do clube, tem leitura tática. Ele tem um feeling legal para lidar com as situações. O que eu lamento é que ele não me ligou. Aconteceu situação com outro jogador que eu fui o primeiro a saber. Criou uma depceção pequena, mas não apaga nada do que a gente viveu – frisou.