“Abel é refém da ditadura de Xerém”, diz Mário Vitor, neto de Nelson Rodrigues

Publicitário critica "imposição" a atletas da base nos profissionais

Em participação na Rádio Globo, Mário Vitor Rodrigues, neto do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, comentou sobre o momento do Fluminense e Abel Braga. Na visão do publicitário, colunista do jornal “O Estado de São Paulo”, Abel Braga é refém do que chama de “ditadura de Xerém”.

– O Abel, obviamente, cometeu equívocos ao longo do ano que todo técnico pode cometer. Independentemente do que acontece dentro de campo, tem de bater palmas, porque o cara passou por um momento que não dá nem para conceber o que significa e está aí com uma dignidade em cima da média. O cara está refém da chamada “ditadura de Xerém”. Criaram esse mito de que todo mundo que sai de Xerém é bom de bola. E, obviamente, isso não é verdade. Não é verdade, inclusive, para nenhuma categoria de base no planeta. Claro que quando se tira uma galera se o trabalho é bem feito, um ou outro vai vingar, mas a maioria, não. Mas nada justifica o Abel ter colocado o Júlio César como goleiro titular. Que bom que voltou atrás, demorou até. Júlio César é um goleiro fraco. Cavalieri pode falhar de vez em quando, como todo grande goleiro, mas passa uma segurança, tem uma personalidade – opinou Mário, que foi um dos fundadores da torcida Legião Tricolor em meados dos anos 2000.