sestarioOsvaldo Sestário, advogado que representou a Portuguesa no julgamento de Héverton, não faz parte do plantel jurídico do clube. Reportagem da ESPN Brasil conta que ele atua para vários clubes. Só na última sexta, ele representou, além da Lusa, América-MG, Atlético-PR, Criciúma, Icasa e Santa Cruz.  De uma vez só prestou serviços para agremiações das Séries A, B e C.

A prática de contratar advogados de aluguel é comum entre clubes médios e pequenos do Brasil. Enquanto as principais instituições da Série A do Brasileiro enviam advogados próprios ao Rio de Janeiro, onde são realizados os julgamentos, a maioria das equipes das divisões inferiores contrata profissionais da área jurídica que moram na capital fluminense.

 
 
 

O procedimento acaba compensando financeiramente, já que muitas vezes o gasto com a viagem de outro Estado até o Rio acaba sendo até maior do que uma possível multa aplicada ao time. Em média, o advogado contratado na cidade cobra R$ 1.000 para fazer a defesa em cada processo. Além disso, esses clubes menores não precisam nem sequer desembolsar dinheiro com este serviço, já que a CBF destina uma verba para esta finalidade.

O próprio Osvaldo Sestário, que participa de cerca de 15 julgamentos por semana, confirma:

– A CBF banca isso como uma prestação de serviço para alguns clubes das Séries A e B que não têm condições, funciona de uma forma terceirizada. Os valores são descontados da cota financeira que os clubes recebem todo ano da CBF. Quem quiser pode utilizar o meu serviço, quem não quiser contrata seus próprios advogados. O pagamento para mim é feito através de uma agência, quem coordena tudo isso é o Reinaldo (Carneiro Bastos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol), tenho contato direto com ele – contou.

 

 


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